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OSCAR 2012 – Vencedores (comentários completos)

Oscar 2012

Em mais um ano em que os favoritos saíram vencedores, o que mais chamou a atenção na cerimônia do Oscar foi a forma enxuta com que ela ocorreu, em nada lembrando as quase intermináveis cerimônias de alguns anos atrás. O grande vencedor da noite foi o filme francês “O Artista”, que levou para casa as estatuetas de “Melhor Filme, Direção, Ator, Figurino e Trilha Sonora Original.
E ao menos em número de estatuetas, a nova obra-prima de Martin Scorsese terminou empatada com a produção francesa, levando os prêmios de Fotografia, Direção de Arte, Edição de Som, Mixagem e Efeitos Visuais.

*BEST PICTURE*
*MELHOR FILME*

* Vencedor: The Artist (O Artista)

Também concorriam:

* The Descendants (Os Descendentes)
* Extremely Loud & Incredibly Close (Tão Forte e Tão Perto)
* The Help (Histórias Cruzadas)
* Hugo (A Invenção de Hugo Cabret)
* Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris)
* Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo)
* The Tree of Life (A Árvore da Vida)
* War Horse (Cavalo de Guerra)

Daltopinião: o filme que mais amei no ano foi “Midnight in Paris”, mas aí era apenas uma opinião pessoal, pois o grande favorito da noite era mesmo “The Artist”, com ainda alguma chance para o belíssimo filme de Scorsese, “Hugo”. Mas a maravilhosa produção francesa simplesmente arrebatou todo amante da Sétima Arte… numa época de filmes em 3D e Efeitos Visuais mais do que impressionantes, em que a história contada muitas vezes é posta em segundo plano, criminosamente colocada como coadjuvante da tecnologia, é quase surreal que um filme mudo e em preto e branco tenha batido a todos.
Uma ode à Sétima Arte, para se aplaudir em pé … vitória merecida e nostalgicamente poética!

*DIRECTING*
*MELHOR DIRETOR*

* Vencedor: Michel Hazanavicius, por The Artist (O Artista)

Também concorriam:

* Alexander Payne, por The Descendants (Os Descendentes)
* Martin Scorsese, por Hugo (A Invenção de Hugo Cabret)
* Woody Allen, por Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris)
* Terrence Malick, por The Tree of Life (A Árvore da Vida)

Daltopinião: pegando carona no favoritismo de sua sublime produção, o cineasta francês era o favorito da noite, apesar da concorrência de monstros da Sétima Arte, como Scorsese, Allen e Malick. Eu teria dado a estatueta a Woddy Allen, mas é inegável que Michel Hazanavicius teve todos os méritos em sua premiação, já na primeira vez que concorreu a Melhor Diretor. Trabalho simplesmente impecável.

*ACTOR IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATOR*

* Vencedor: Jean Dujardin, por The Artist (O Artista)

Também concorriam:

* Demián Bichir, por A Better Life
* George Clooney, por The Descendants (Os Descendentes)
* Gary Oldman, por Tinker Tailor Soldier Spy (O Espião Que Sabia Demais)
* Brad Pitt, por Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo)

Daltopinião: nesta categoria não existia nenhum favorito destacado… mas o que aparecia ligeiramente mais cotado para a vitória era George Clooney, por sua tocante atuação em “The Descendants”, mas todos os indicados haviam feito atuações excelentes e não se poderia sugerir alguma injustiça, independente de quem fosse o vencedor. E o Oscar foi para as mãos de Jean Dujardin, brilhante em um papel complicado, que se mal dirigido ou interpretado, poderia cair facilmente para uma interpretação caricata. Vencedor com todos os méritos, já em sua primeira indicação nesta categoria.

*ACTRESS IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATRIZ*

* Vencedora: Meryl Streep, por The Iron Lady (A Dama de Ferro)

Também concorriam:

* Glenn Close, por Albert Nobbs
* Viola Davis, por The Help (Histórias Cruzadas)
* Rooney Mara, por The Girl with the Dragon Tattoo (Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres)
* Michelle Williams, por My Week With Marilyn (Sete Dias Com Marilyn)

Daltopinião: a maior atriz de sua geração, sinônimo de excelência na arte da atuação, finalmente foi agraciada com seu terceiro Oscar. Streep simplesmente incorporou de forma quase sobrenatural a ex-primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher, numa atuação portentosa. Viola Davis e Glenn Close estiveram estupendas em seus papéis, mas seria um vilipêndio se Meryl não fosse a vencedora. Foi seu segundo Oscar de Melhor Atriz (havia vencido antes por “Sophie’s Choice”, em 1982, além de possuir um de Melhor Coadjuvante, por “Kramer vs, Kramer”, em 1979). Se Thatcher era a Dama de Ferro, Streep sem dúvida é a Dama do Oscar, pois esta foi sua 17ª nominação ao prêmio da Academia, um recorde absoluto entre os atores.

*WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*

* Vencedor: Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris), por Woody Allen

Também concorriam:

* The Artist (O Artista), por Michel Hazanavicius
* Bridesmaids (Missão Madrinha de Casamento), por Annie Mumolo e Kristen Wiig
* Margin Call, por J.C. Chandor
* A Separation (A Separação), por Asghar Farhadi

Daltopinião: a mais agradável surpresa da noite para mim! O favorito era o roteiro de “The Artist”, mas a genial e onírica nova obra-prima de Woody Allen acabou sendo reconhecida pela Academia. Mais merecido, impossível. Uma verdadeira ária aos amantes das artes, para ser visto e revisto, inúmeras vezes… Allen seja louvado! Foi a terceira estatueta do cineasta como Melhor Roteiro… ele já havia vencido anteriormente por “Annie Hall” (1977) e “Hannah and her Sisters” (1986), isso sem falar de seu Oscar como Diretor, também por “Annie Hall”. Contando Roteiro, Direção e Melhor Ator, esta foi a 23ª vez que Woody Allen foi indicado a um prêmio da Academia.

*WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*

* Vencedor: The Descendants (Os Descendentes), por Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash

Também concorriam:

* Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por John Logan
* The Ides of March (Tudo pelo Poder), por George Clooney, Grant Heslov e Beau Willimon
* Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo), Roteiro por Steven Zaillian e Aaron Sorkin. História por Stan Chervin
* Tinker Tailor Soldier Spy (O Espião Que Sabia Demais), por Bridget O’Connor e Peter Straughan

Daltopinião: eu daria o prêmio a John Logan, mas não se pode dizer que foi uma injustiça a escolha pelo trabalho do trio Payne, Faxon e Rash, pelo ótima adaptação no roteiro de “The Descendants”. Sem dúvida alguma foi um trabalho memorável. Este foi o segundo Oscar de Payne na categoria Melhor Roteiro, tendo vencido anteriormente por “Sideways” (2004). Ele já havia também concorrido como roteirista em 1999 por “Election”, além de ter sido indicado para Melhor Diretor também por “Sideways”. Já tanto Nat Faxon como Jim Rash, concorriam pela primeira vez.

*ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATOR COADJUVANTE*

* Vencedor: Christopher Plummer, por Beginners

Também concorriam:

* Kenneth Branagh, por My Week With Marilyn (Sete Dias Com Marilyn)
* Jonah Hill, por Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo)
* Nick Nolte, por Warrior
* Max von Sydow, por Extremely Loud & Incredibly Close (Tão Forte e Tão Perto)

Daltopinião: depois de uma carreira inteira esquecido pela Academia, em 2009 Christopher Plummer acabou finalmente sendo indicado, por “The Last Station”…o resultado não lhe foi feliz e ele não foi agraciado. Mas desta vez, seu papel de Hal, um idoso que decide assumir sua homossexualidade, em “Beginners”, fez com que o veterano ator se tornasse o mais velho a vencer nesta categoria, aos 82 anos. Merecidíssimo.

(Photo by Jason Merritt/Getty Images)

*ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*

* Vencedora: Octavia Spencer, por The Help (Histórias Cruzadas)

Também concorriam:

* Bérénice Bejo, por The Artist (O Artista)
* Jessica Chastain, por The Help (Histórias Cruzadas)
* Melissa McCarthy, por Bridesmaids (Missão Madrinha de Casamento)
* Janet McTeer, por Albert Nobbs

Daltopinião: num dos prêmios mais previsíveis da cerimônia, Octavia Spencer acabou vencedora pelo seu grandioso trabalho em “The Help”, onde viveu Minny Jackson, uma empregada afro-americana que perde seu emprego com uma proeminente família banca, mas que acaba por encontrar outro, que marca o desenrolar da história. Ela já era merecedora, mas seu tocante discurso só fez com que todos ficassem ainda mais felizes com sua vitória, que ocorreu já em sua primeira indicação.

*ANIMATED FEATURE FILM*
*LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: Rango, por Gore Verbinski

Também concorriam:

* A Cat in Paris, por Alain Gagnol e Jean-Loup Felicioli
* Chico & Rita, por Fernando Trueba e Javier Mariscal
* Kung Fu Panda 2, por Jennifer Yuh Nelson
* Puss in Boots (Gato de Botas), por Chris Miller

Daltopinião: num ano que eu achei que jamais ocorreria, onde uma animação Pixar sequer conseguiu
ser indicada ao prêmio, a Warner Bros Animation, em sua estréia, conseguiu bater as animações da DreamWorks e levar o Oscar para casa (primeira indicação também para Gore Verbinski). Eu achava que “Kung Fu Panda 2” seria o vencedor, mas “Rango” era do mesmo nível, e a vitória foi merecida. Vale citar também que o espanhol “Chico & Rita” teve boa parte de sua produção feita por profissionais brasileiros… caso tivesse vencido, seria uma “quase-vitória” tupiniquim.

*ART DIRECTION*
*DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS*

* Vencedor: Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Dante Ferretti (Direção de Arte) e Francesca Lo Schiavo (Cenários)

Também concorriam:

* The Artist (O Artista), por Laurence Bennett (Direção de Arte) e Robert Gould (Cenários)
* Harry Potter and the Deathly Hallows Part 2 (Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2), por Stuart Craig (Direção de Arte) e Stephenie McMillan (Cenários)
* Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris), por Anne Seibel (Direção de Arte) e Hélène Dubreuil (Cenários)
* War Horse (Cavalo de Guerra), por Rick Carter (Direção de Arte) e Lee Sandales (Cenários)

Daltopinião: este prêmio é sempre duplo, temos o vencedor para a Direção de Arte propriamente dita e também o de Cenários, mas a imprensa brasileira insiste em ignorar os Cenários… bem, eu prefiro usar a forma correta. Aqui a briga era entre dois concorrentes que apresentaram trabalhos sublimes…”Midnight in Paris” e “Hugo”, e o maravilhoso filme de Scorsese acabou levando a melhor, com méritos. Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo entregaram um trabalho simplesmente soberbo, dignos da genialidade do cineasta que os chefiou. Este foi o terceiro Oscar do Diretor de Arte Dante Ferretti, ele havia vencido anteriormente por “The Aviator” (2004) e “Sweeney Todd, the Demon Barber of Fleet Street” (2007), além de já ter concorrido outras sete vezes; e também o terceiro Oscar de Francesca Lo Schiavo, vencedora sempre em dupla com Ferretti, provando que este duo é eficiente há tempos. Fora as vitórias, ela já havia sido indicada outras cinco vezes.

*CINEMATOGRAPHY*
*FOTOGRAFIA*

* Vencedor: Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Robert Richardson

Também concorriam:

* The Artist (O Artista), por Guillaume Schiffman
* The Girl with the Dragon Tattoo (Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres), por Jeff
Cronenweth
* The Tree of Life (A Árvore da Vida), por Emmanuel Lubezki
* War Horse (Cavalo de Guerra), por Janusz Kaminski

Daltopinião: apesar da espetacular Fotografia de “The Girl with the Dragon Tattoo”, este prêmio não poderia deixar de ir para as mãos de “Hugo”… a genialidade de Scorsese foi perfeitamente captada e realizada por Robert Richardson, com lentes, iluminação e tomadas de câmera sui generis, que resultaram numa deslumbrante Fotografia, absolutamente merecedora do prêmio. Richardson já havia vencido por “JFK” (1991) e “The Aviator” (2004), além de ter concorrido em outras quatro oportunidades.

*COSTUME DESIGN*
*FIGURINO*

* Vencedor: The Artist (O Artista), por Mark Bridges

Também concorriam:

* Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Sandy Powell
* Anonymous, por Lisy Christi
* Jane Eyre, por Michael O’Connor
* W.E., por Arianne Phillips

Daltopinião: novamente a briga aqui estava entre os filmes de Hazanavicius e Scorsese, e a produção francesa acabou saindo vencedora. Mark Bridges fez um trabalho impecável, e mereceu levar a estatueta dourada para casa, já em sua primeira indicação.

*FILM EDITING*
*MONTAGEM*

* Vencedor: The Girl with the Dragon Tattoo (Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres), por Kirk Baxter e Angus Wall

Também concorriam:

* The Artist (O Artista), por Anne-Sophie bion e Michel Hazanavicius
* The Descendants (Os Descendentes), por Kevin Tent
* Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Thelma Schoonmaker
* Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo), por Christopher Tellefsen

Daltopinião: aqui seria uma grande surpresa se a impecável Edição de Montagem de “The Girl with the Dragon Tattoo” não saísse vencedora. Os concorrentes eram de grande qualidade, mas o trabalho da dupla Kirk Baxter e Angus Wall foi o mais competente do ano, sem dúvida alguma.
Tanto Wall quanto Baxter já haviam vencido no ano passado com a Montagem de “The Social Network, além de terem concorrido por “The Curious Case of Benjamin Button” (2008).

*MAKEUP*
*MAQUIAGEM*

* Vencedor: The Iron Lady (A Dama de Ferro), por Mark Coulier e J. Roy Helland

Também concorriam:

* Albert Nobbs, por Martial Corneville, Lynn Johnston e Matthew W. Mungle
* Harry Potter and the Deathly Hallows Part 2 (Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2), por Nick
Dudman, Amanda Knight e Lisa Tomblin

Daltopinião: a mais do que perfeita Maquiagem de “The Iron Lady” tinha que sair vencedora… basta ver as transformações de Meryl Streep numa Margaret Thatcher tanto no auge da carreira política quando já bem mais idosa. Absolutamente perfeito o trabalho da dupla Mark Coulier e J. Roy Helland, vencedores com méritos, já em sua primeira indicação.

*MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
*TRILHA SONORA ORIGINAL*

Vencedor: The Artist (O Artista), por Ludovic Bource

Também concorriam:

* The Adventures of Tintin (As Aventuras de Tintim), por John Williams
* Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Howard Shore
* Tinker Tailor Soldier Spy (O Espião Que Sabia Demais), por Alberto Iglesias
* War Horse (Cavalo de Guerra), por John Williams

Daltopinião: um filme mudo precisa de uma Trilha Sonora de primeira qualidade, e Ludovic Bource garantiu isso com grande talento, criando uma Trilha digna da magnitude de “The Artist”. Vitória merecida, já em sua primeira indicação, e com o bônus de derrotar (duas vezes) o genial maestro recordista John Williams (47 indicações, 5 vitórias).

*MUSIC (ORIGINAL SONG)*
*CANÇÃO*

* Vencedor: The Muppets, por “Man or Muppet”, música e letra de Bret McKenzie

Também concorria:

* Rio, por “Real in Rio”, música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett

Daltopinião: um ano bastante fraco nesta categoria, nenhum dos concorrentes entregou um trabalho digno de figurar em nossas memórias. Nunca o Brasil havia chegado tão perto de levar um Oscar para casa, já que com apenas 2 concorrentes, Sergio Mendes e Carlinhos Brown tinham 50% de chances de vencer. Mas o prêmio ficou mesmo com o neozelandês Bret McKenzie, já em sua primeira indicação.

*VISUAL EFFECTS*
*EFEITOS VISUAIS*

* Vencedor: Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Rob Legato, Joss Williams, Ben Grossmann e Alex Henning

Também concorriam:

* Harry Potter and the Deathly Hallows Part 2 (Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2), por Tim
Burke, David Vickery, Greg Butler e John Richardson
* Real Steel (Gigantes de Aço), por Erik Nash, John Rosengrant, Dan Taylor e Swen Gillbert
* Rise of the Planet of the Apes (Planeta dos Macacos – A Origem), por Joe Letteri, Dan Lemmon, R. Christopher White e Daniel Barrett
* Transformers: Dark of the Moon (Transformers: o Lado Oculto da Lua), por Scott Farrar, Scott Benza,
Matthew Butler e John Frazier

Daltopinião: minha torcida era por “Rise of the Planet of the Apes”, pelo estupendo trabalho do ator Andy Serkis em dar vida ao símio Caesar, mas o favorito “Hugo” saiu mesmo vencedor. Incríveis Efeitos Visuais casados com um perfeito filme em 3D, levaram a linda fábula de Scorsese a ser vencedora, com toda a justiça. Do quarteto vitorioso, Rob Legato já havia vencido o Oscar por “Titanic” (1997) e concorrido por “Apollo 13” (1995). Já Joss Williams, Ben Grossmann e Alex Henning, concorriam pela primeira vez.

*SOUND EDITING*
*EDIÇÃO DE SOM*

* Vencedor: Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Philip Stockton e Eugene Gearty

Também concorriam:

* Drive, por Lon Bender e Victor Ray Ennis
* The Girl with the Dragon Tattoo (Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres), por Ren Klyce
* Transformers: Dark of the Moon (Transformers: o Lado Oculto da Lua), por Ethan Van der Ryn e Erik Aadahl
* War Horse (Cavalo de Guerra), por Richard Hymns e Gary Rydstrom

Daltopinião: o favorito “Hugo” saiu vitorioso, sem maiores surpresas. A dupla Philip Stockton e Eugene Gearty entregou um trabalho de altíssima qualidade, levando a estatueta com todos os méritos. Gearty já havia concorrido antes pela Edição de Som em “Gangs of New York” (2002), já Stockton concorria pela primeira vez.

*SOUND MIXING*
*MIXAGEM DE SOM*

* Vencedor: Hugo (A Invenção de Hugo Cabret), por Tom Fleischman e John Midgley

Também concorriam:

* The Girl with the Dragon Tattoo (Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres), por David Parker, Michael Semanick, Ren Klyce e Bo Persson
* Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo), por Deb Adair, Ron Bochar, David Giammarco e Ed Novick
* Transformers: Dark of the Moon (Transformers: o Lado Oculto da Lua), por Greg P. Russell, Gary Summers, Jeffrey J. Haboush e Peter J. Devlin
* War Horse (Cavalo de Guerra), por Gary Rydstrom, Andy Nelson, Tom Johnson e Stuart Wilson

Daltopinião: “Hugo” provou ser o grande campeão das categorias técnicas, levando também o Oscar de Mixagem de Som, conseguindo a hegemonia nas categorias que juntas, formam os Efeitos Especiais. Foi a primeira vitória de Tom Fleischman, mas ele já havia concorrido em quatro oportunidades anteriores. Já John Midgley, também vencedor pela primeira vez, estava em sua terceira indicação.

*FOREIGN LANGUAGE FILM*
*FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA*

* Vencedor: A Separation (A Separação) – Irã, por Asghar Farhadi

Também concorriam:

* Bullhead” – Bélgica, por Michael R. Roskam
* Footnote” – Israel, por Joseph Cedar
* In Darkness” – Polônia, por Agnieszka Holland
* Monsieur Lazhar” – Canadá, por Philippe Falardeau

Daltopinião: maior barbada da noite, o premiadíssimo e excelente filme iraniano era vitória certa nesta categoria. O belo drama deu a primeira estatueta para o Irã, que já havia sido nomeado uma vez, por “Children of Heaven” (1998).

*DOCUMENTARY FEATURE*
*DOCUMENTÁRIO*

* Vencedor: Undefeated, por TJ Martin, Dan Lindsay e Rich Middlemas

Também concorriam:

* Hell and Back Again, por Danfung Dennis e Mike Lerner
* If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front, por Marshall Curry e Sam Cullman
* Paradise Lost 3: Purgatory, porJoe Berlinger e Bruce Sinofsky
* Pina, por Win Wenders e Gian-Piero Ringel

Daltopinião: aqui sim o resultado foi surpreendente, pois o favorito destacado era “Pina”, a produção em 3D sobre a coreógrafa Pina Bausch. Mas a Academia preferiu premiar o obscuro “Undefeated”, sobre o time de futebol americano da Manassas High School, que passa de um reles time underdog para um recordista de vitórias. Foi a primeira vez que o trio TJ Martin, Dan Lindsay e Rich Middlemas foi nomeado.

*DOCUMENTARY SHORT*
*DOCUMENTÁRIO – CURTA*

Vencedor: Saving Face, por Daniel Junge e Sharmeen Obaid-Chinoy

Também concorriam:

* The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement, por Robin Fryday e Gail Dolgin
* God Is the Bigger Elvis, por Rebecca Cammisa e Julie Anderson
* Incident in New Baghdad, por James Spione
* The Tsunami and the Cherry Blossom, por Lucy Walker e Kira Carstensen

Daltopinião: com todos os méritos, o vencedor foi o curta de Daniel Junge e Sharmeen Obaid-Chinoy, que fala sobre o trabalho de um cirurgião plástico britânico-paquistanês, que ajuda mulheres que tiveram os rostos desfigurados por ácido (são centenas de vítimas por ano), na triste realidade feminina no Paquistão. Foi a segunda nomeação de Junge, que já havia concorrido por “The Last Campaign of Governor Booth Gardner” (2009), já Sharmeen Obaid-Chinoy, concorria pela primeira vez.

*SHORT FILM (ANIMATED)*
*CURTA DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, por William Joyce e Brandon Oldenburg

Também concorriam:

* Dimanche/Sunday, por Patrick Doyon
* La Luna, por Enrico Casarosa
* A Morning Stroll, por Grant Orchard e Sue Goffe
* Wild Life, por Amanda Forbis e Wendy Tilby

Daltopinião: aqui não tínhamos nenhum grande favorito, e o vencedor acabou sendo o curta que fala
do amor aos livros, de William Joyce e Brandon Oldenburg, que concorriam pela primeira vez. Mas o mais belo, pelo menos visualmente, era sem dúvida “La Luna”… se bem que simpatizei muito com o visual bem cartunesco, meio “Glauco” de “Dimanche/Sunday”.

*SHORT FILM (LIVE ACTION)*
*CURTA-METRAGEM*

* Vencedor: The Shore, por Terry George e Oorlagh George

Também concorriam:

* Pentecost, por Peter McDonald e Eimear O’Kane
* Raju, por Max Zähle e Stefan Gieren
* Time Freak, por Andrew Bowler e Gigi Causey
* Tuba Atlantic, por Hallvar Witzo

Daltopinião: a vitória acabou nas mãos deste curta britânico, que fala sobre dois amigos de infância, norte-irlandeses, que se reúnem após 25 anos. Foi a terceira nomeção de Terry George, que já havia concorrido duas vezes para Melhor Roteiro: Original por “Hotel Rwanda” (2004) e Adaptado por “In the Name of the Father” (1993). Já Oorlagh George concorria pela primeira vez.

DALTO FIDENCIO
nils satis nisi optimum

http://twitter.com/DaltoFidencio

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