Arte Cinema Dalto Fidencio

OSCAR 2013 – Vencedores e Comentários

*BEST PICTURE*
*MELHOR FILME*

* Vencedor: Argo

Também concorriam:

* Django Unchained (Django Livre)
* Life of Pi (As Aventuras de Pi)
* Lincoln
* Zero Dark Thirty (A Hora Mais Escura)
* Les Misérables (Os Miseráveis)
* Amour (Amor)
* Beasts of the Southern Wild (Indomável Sonhadora)
* Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)

Daltopinião: devido aos prêmios que já havia recebido ao longo do ano, em especial o “Globo de Ouro” de Melhor Filme – Drama, “Argo” era mesmo o favorito, só tendo como sombra o belíssimo “Les Misérables” (Os Miseráveis) vencedor do mesmo “Globo de Ouro”, mas na categoria Melhor Filme – Comédia ou Musical. Minha escolha seria o musical ou a nova obra-prima de Tarantino, mas deu a lógica e o ótimo drama produzido por Grant Heslov, Ben Affleck e George Clooney saiu vencedor. Aliás, o “Oscar” está cada vez mais previsível… sinto falta dos tempos em que os nomes a serem lidos quando os envelopes eram abertos eram uma grande incógnita. Esta foi a quarta vez que Grant Heslov concorria, sendo sua primeira vitória. Ben Affleck concorria pela segunda vez, já tendo vencido como Melhor Roteiro Original em 1997 por “Good Will Hunting” (Gênio Indomável), e George Clooney concorria pela oitava vez, já tendo levado a estatueta dourada para casa em 2005, como Melhor Ator
Coadjuvante, por “Syriana”.

*DIRECTING*
*MELHOR DIRETOR*

* Vencedor: Ang Lee, por Life of Pi (As Aventuras de Pi)

Também concorriam:

* Steven Spielberg, por Lincoln
* Michael Haneke, por Amour (Amor)
* David O. Russell, por Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)
* Benh Zeitlin, por Beasts of the Southern Wild (Indomável Sonhadora)

Daltopinião: aqui a disputa era entre Spielberg e Lee… e que bom que a sublime e poética Direção do
cineasta oriental saiu vencedora! Ang Lee é um dos poucos diretores que tem uma assinatura própria, você pode ver um filme de outro autor e dizer: “nossa, parece um filme do Ang Lee!”. Sempre com uma visão extremamente artística, Ang Lee dirige seus filmes como quem escreve um poema, e esta metáfora nunca esteve tão forte como nesta tocante produção, uma verdadeira obra-prima da Sétima Arte. Esta foi a quinta indicação de Lee (incluindo a outra nomeação deste ano, para Melhor Filme), que já havia vencido como Melhor Diretor em 2005, por “Brokeback Mountain” (O Segredo de Brokeback Mountain). Namastê, Mr. Lee!

*ACTOR IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATOR*

* Vencedor: Daniel Day-Lewis, por Lincoln

Também concorriam:

* Joaquin Phoenix, por The Master (O Mestre)
* Denzel Washington, por Fligth (O Voo)
* Bradley Cooper, por Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)
* Hugh Jackman – Os Miseráveis

Daltopinião: existe um novo rei em Hollywood e ele se chama Daniel Day-Lewis! Sua atuação quase sobrenatural em “Lincoln” já havia lhe rendido o Globo de Ouro de Melhor Ator – Drama, além de diversos outros prêmios, e agora veio a cereja do bolo, o seu terceiro Oscar, o que o torna o maior vencedor (masculino) da história da Academia, nas atuações. Até então o campeão era o ícone estelar Jack Nicholson, também com três estatuetas, mas sendo duas de Melhor Ator e uma de Melhor Coadjuvante, já Day-Lewis, que já havia vencido em 1989 por “My Left Foot” (Meu Pé Esquerdo) e em 2007 por “There Will Be Blood” (Sangue Negro), conquistou agora seu terceiro Prêmio da Academia de Melhor Ator. Merecidíssimo! Se ele é o novo rei, a rainha continua sendo a mesma…Katherine Hepburn, com seus incríveis 4 prêmios de Melhor Atriz.

*ACTRESS IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATRIZ*

* Vencedora: Jennifer Lawrence, por Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)

Também concorriam:

* Jessica Chastain, por Zero Dark Thirty (A Hora Mais Escura)
* Naomi Watts, por The Impossible (O Impossível)
* Emmanuellle Riva, por Amour (Amor)
* Quvenzhané Wallis, por Beasts of the Southern Wild (Indomável Sonhadora)

Daltopinião: nova queridinha de Hollywood, Jennifer Lawrence cedo ou tarde receberia seu primeiro Oscar, sendo merecedora ou não do mesmo. Ela inegavelmente tem talento, e poderá vir a ser uma grande atriz no futuro, mas ainda tem que percorrer muito chão até lá. Esta sequer foi sua melhor atuação na carreira, ela esteve muito mais convincente na primeira vez em que havia sido indicada (esta foi a segunda), pelo notável trabalho em “Winter’s Bone” (Inverno da Alma). Entre as cinco que concorriam, a melhor atuação foi a de Jessica Chastain, que perdeu por não ter a força política de Lawrence.

*WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*

* Vencedor: Django Unchained (Django Livre), por Quentin Tarantino

Também concorriam:

* Zero Dark Thirty (A Hora Mais Escura), por Mark Boal
* Amour (Amor), por Michael Haneke
* Moonrise Kingdom, por Wes Anderson e Roman Coppola
* Fligth (O Voo), por John Gatins

Daltopinião: um dos prêmios mais comemorados por mim, fã confesso do grande Tarantino. E sem dúvida alguma, sua vitória foi mais do que merecida, pelo genial Roteiro de “Django Unchained” (Django Livre). Esta foi a terceira vez que Quentin Tarantino foi indicado como roteirista, onde venceu pela segunda vez (a outra foi com “Pulp Fiction, em 1994), mas ele também já havia sido nomeado duas vezes também como Melhor Diretor, por “Pulp Fiction” e por “Inglourious Basterds” (Bastardos Inglórios – 2009). E neste ano de 2013, o cineasta também já havia levado o Globo de Ouro de Melhor Roteiro.

*WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*

* Vencedor: Argo, por Chris Terrio

Também concorriam:

* Beasts of the Southern Wild (Indomável Sonhadora), por Lucy Alibar e Benh Zeitlin
* Life of Pi (As Aventuras de Pi), por David Magee
* Lincoln, por Tony Kushner
* Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida), por David O. Russell

Daltopinião: derrotado por Tarantino no Globo de Ouro, Chris Terrio se aproveitou da característica do Oscar de separar o Roteiro em duas categorias distintas e com isso conseguiu levar a estatueta para casa, já em sua primeira nomeação. Realmente foi um prêmio merecido, com um trabalho de primeiríssima linha.

*ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATOR COADJUVANTE*

* Vencedor: Christoph Waltz, por Django Unchained (Django Livre)

Também concorriam:

* Alan Arkin, por Argo
* Philip Seymour Hoffman, por The Master (O Mestre)
* Tommy Lee Jones, por Lincoln
* Robert De Niro – O Lado Bom da Vida

Daltopinião: Christoph Waltz, por sua atuação visceral em “Django Unchained” (Django Livre) tinha mesmo que sair vencedor. O espetacular ator austríaco parece ter nascido para ser dirigido por Tarantino. Depois da icônica atuação em “Inglourious Basterds” (Bastardos Inglórios), onde levou seu primeiro Oscar de Melhor Coadjuvante, ele passou dois anos desperdiçando seu talento com bombas como “The Green Hornet” (Besouro Verde) e “The Three Musketeers” (Os 3 Mosqueteiros)… mas para nossa sorte, voltou a trabalhar com o cineasta norte-americano, o que lhe rendeu sua segunda estatueta como Melhor Coadjuvante.
Duas indicações, duas vitórias… ambas merecidíssimas.

*ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*

* Vencedora: Anne Hathaway, por Les Misérables (Os Miseráveis)

Também concorriam:

* Amy Adams, por The Master (O Mestre)
* Sally Field, por Lincoln
* Helen Hunt, por The Sessions (As Sessões)
* Jacki Weaver, por Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)

Daltopinião: apesar da participação fugaz, a
interpretação de Anne Hathaway no sublime musical
“Les Misérables” (Os Miseráveis) foi excepcional e
lhe garantiu sua primeira estatueta do Oscar. Foi
mesmo um ano especial para ela, que já havia feito um
trabalho notável no terceiro filme do Homem-Morcego,
vivendo uma Mulher-Gato estupenda. Ela já havia sido
indicada a Melhor Atriz em 2008, por “Rachel Getting
Married” (O Casamento de Rachel), mas é a partir
desses dois grandes trabalhos feitos em 2012 que a
moça de New York, de 30 anos, será reconhecida como
uma grande atriz.

*ANIMATED FEATURE FILM*
*LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: Brave (Valente), por Mark Andrews e Brenda Chapman

Também concorriam:

* Frankenweenie, por Tim Burton
* ParaNorman, por Sam Fell and Chris Butler
* The Pirates! Band of Misfits (Piratas Pirados!), por Peter Lord
* Wreck-It Ralph (Detona Ralph), por Rich Moore

Daltopinião: apesar de saber que não venceria, toda
minha torcida era por “Frankenweenie”, por eu ser um
grande fã de Tim Burton, mas deu a lógica e o longa
da Pixar levou o Oscar para casa. Longe de ser uma
obra-prima incontestável como algumas pérolas
entregues em anos anteriores pelo Estúdio da
Luminária, “Brave” (Valente) é uma bela animação, de
impressionante qualidade técnica, e foi o vencedor
com méritos. Esta foi a segunda nomeação de Mark
Andrews e a primeira de Brenda Chapman.

*PRODUCTION DESIGN*
*DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS*

* Vencedor: Lincoln, por Rick Carter (Direção de Arte) e Jim Erickson (Cenários)

Também concorriam:

* Anna Karenina, por Sarah Greenwood (Direção de Arte) e Katie Spencer (Cenários)
* The Hobbit: An Unexpected Journey (O Hobbit: Uma Jornada Inesperada), por Dan Hennah (Direção de Arte) e Ra Vincent & Simon Bright (Cenários)
* Les Misérables (Os Miseráveis), por Eve Stewart (Direção de Arte) e Anna Lynch-Robinson (Cenários)
* Life of Pi (As Aventuras de Pi), por David Gropman (Direção de Arte) e Anna Pinnock (Cenários)

Daltopinião: o prêmio de Art Direction agora passou
a ser chamado Production Design, mas na prática ainda
engloba a Direção de Arte e os Cenários. Minha
torcida era por “The Hobbit: An Unexpected Journey”
(O Hobbit: Uma Jornada Inesperada), mas a estupenda
recriação dos Estados Unidos da época da Guerra da
Secessão deu a “Lincoln” a vitória nesta categoria.
Foi o segundo Oscar de Rick Carter (já havia vencido
em 2009, por “Avatar”), em sua quarta indicação, e o
primeira vitória de Jim Erickson, em sua segunda
indicação.

*CINEMATOGRAPHY*
*FOTOGRAFIA*

* Vencedor: Life of Pi (As Aventuras de Pi), por Claudio Miranda

Também concorriam:

* Anna Karenina, por Seamus McGarvey
* Django Unchained (Django Livre), por Robert Richardson
* Lincoln, por Janusz Kaminski
* Skyfall (007 – Operação Skyfall), por Roger Deakins

Daltopinião: Um verdadeiro absurdo que “The Hobbit:
An Unexpected Journey” (O Hobbit: Uma Jornada
Inesperada) não estivesse concorrendo nesta
categoria… bem, todos os concorrentes tiveram
belíssimas Fotografias, mas não existem dúvidas de
que o onírico trabalho apresentado pelo chileno
Claudio Miranda merecia a vitória… simplesmente
arrebatador! Ele já havia sido indicado em 2008 por
“The Curious Case of Benjamin Button” (O Curioso Caso
de Benjamin Button), mas esta foi a primeira vez que
saiu vencedor.

*FIGURINO*

* Vencedor: Anna Karenina, por Jacqueline Durran

Também concorriam:

* Les Misérables (Os Miseráveis), por Paco Delgado
* Lincoln, por Joanna Johnston
* Mirror Mirror (Espelho, Espelho Meu), por Eiko Ishioka
* Snow White and the Huntsman (Branca de Neve e o Caçador), por Colleen Atwood

Daltopinião: aqui a vitória era clara para o
brilhante trabalho de Jacqueline Durran em “Anna
Karenina”, apesar de Paco Delgado e Joanna Johnston
também terem feito trabalhos impecáveis em seus
respectivos filmes. Vitória justa de Durran, que
concorria pela terceira vez, mas ainda não havia
vencido.

*FILM EDITING*
*MONTAGEM*

* Vencedor: Argo, por William Goldenberg

Também concorriam:

* Life of Pi (As Aventuras de Pi), por Tim Squyres
* Lincoln, por Michael Kahn
* Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida), por Jay Cassidy e Crispin Struthers * Zero Dark Thirty
(A Hora Mais Escura), por Dylan Tichenor ae William Goldenberg

Daltopinião: “Argo” era mesmo o favorito para Melhor
Montagem, apesar da sombra de “Lincoln”, que também
havia entregue um trabalho notável de Edição. Depois
de ter concorrido duas vezes e ter sido derrotado,
desta vez William Goldenberg levou seu tão esperado
Oscar para casa, merecidamente.

*MAKEUP AND HAIRSTYLING*
*MAQUIAGEM*

* Vencedor: Les Misérables (Os Miseráveis), por Lisa Westcott e Julie Dartnell

Também concorriam:

* The Hobbit: An Unexpected Journey (O Hobbit: Uma Jornada Inesperada), por Peter Swords King, Rick Findlater e Tami Lane
* Hitchcock, por Howard Berger, Peter Montagna e Martin Samuel

Daltopinião: mais um prêmio que mudou de nome,
ganhando o “and Hairstyling” no nome. Meu escolhido
seria facilmente “The Hobbit: An Unexpected Journey”
(O Hobbit: Uma Jornada Inesperada), de longe o melhor
trabalho de Maquiagem no ano, mas os votantes da
Academia não estavam nada felizes com o filme de
Peter Jackson este ano, e a vitória coube ao ótimo
trabalho da dupla Lisa Westcott e Julie Dartnell, por
“Les Misérables” (Os Miseráveis). Ambas levaram sua
primeira estatueta para casa. Westcott concorria pela
terceira vez, já Dartnell debutava nas indicações.

*MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
*TRILHA SONORA ORIGINAL*

Vencedor: Life of Pi (As Aventuras de Pi), por Mychael Danna

Também concorriam:

* Anna Karenina, por Dario Marianelli
* Argo, por Alexandre Desplat
* Lincoln, por John Williams
* Skyfall (007 – Operação Skyfall), porThomas Newman

Daltopinião: não havia um favorito destacado nesta
categoria, apesar de “Life of Pi” (As Aventuras de
Pi) e “Anna Karenina” estarem mais fortes na disputa.
O filme de Ang Lee realmente teve uma bela Trilha,
que casou perfeitamente com a magia de sua produção,
e acabou vencedor com méritos. Mychael Danna nunca
havia concorrido ao Oscar antes, mas este ano acabou
sendo indicado não apenas para Melhor Trilha, mas
também para Melhor Canção.

*MUSIC (ORIGINAL SONG)*
*CANÇÃO*

* Vencedor: “Skyfall”, por Skyfall (007 – Operação Skyfall), música e letra de Adele Adkins e Paul
Epworth

Também concorriam:

* “Before My Time”, por Chasing Ice, música e letra
de J. Ralph
* “Everybody Needs A Best Friend”, por Ted, música de
Walter Murphy, letra de Seth MacFarlane
* “Pi’s Lullaby”, por Life of Pi (As Aventuras de
Pi), música de Mychael Danna e letra de Bombay
Jayashri
* “Suddenly”, por Les Misérables (Os Miseráveis),
música de Claude-Michel Schönberg e letra de Herbert
Kretzmer e Alain Boublil

Daltopinião: a interpretação angelical de Adele para
a música tema no mais novo 007 garantiu a vitória
contra fortes concorrentes. A mais bela música do ano
no Cinema, sem dúvida… vitória justíssima. Foi a
primeira indicação tanto para Adele Adkins quanto
para Paul Epworth.

*VISUAL EFFECTS*
*EFEITOS VISUAIS*

* Vencedor: Life of Pi (As Aventuras de Pi), por Bill Westenhofer, Guillaume Rocheron, Erik-Jan De Boer e Donald R. Elliott

Também concorriam:

* The Hobbit: An Unexpected Journey (O Hobbit: Uma Jornada Inesperada), por Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton e R. Christopher White
* Marvel’s The Avengers (Os Vingadores), por Janek Sirrs, Jeff White, Guy Williams e Dan Sudick
* Prometheus, por Richard Stammers, Trevor Wood, Charley Henley e Martin Hill
* Snow White and the Huntsman (Branca de Neve e o Caçador), por Cedric Nicolas-Troyan, Philip Brennan, Neil Corbould e Michael Dawson

Daltopinião: aqui vale um registro… foi um absurdo
que “Batman – The Dark Knight Rises” (Batman – O
Cavaleiro das Trevas Ressurge) não tenha concorrido
nesta categoria, pois apenas a cena da implosão do
gramado do estádio do Gotham Rogues já merecia uma
indicação. Enquanto isso, um filme “sessão da tarde”
totalmente descartável, como “Snow White and the
Huntsman” (Branca de Neve e o Caçador) é indicado?
Uma afronta! Bem, desabafo dado… vamos ao trabalho.
Aqui a briga era entre dois trabalhos espetaculares,
de cair o queixo, entregues por “Life of Pi” (As
Aventuras de Pi) e “The Hobbit: An Unexpected
Journey” (O Hobbit: Uma Jornada Inesperada), e até um
empate não seria nada injusto. Mas a escolha da
Academia acabou sendo o filme de Ang Lee, e Richard
Parker derrotou Gollum. Esta foi a terceira indicação
de Bill Westenhofer, que já havia levado uma
estatueta para casa em 2007 por “The Golden Compass”
(A Bússula de Ouro), além de ter concorrido em 2005
por “The Chronicles of Narnia: The Lion, The Witch
and The Wardrobe” (As Crônicas de Nárnia: O Leão, a
Feiticeira e o Guarda-Roupa). Já Guillaume Rocheron,
Erik-Jan De Boer e Donald R. Elliott concorriam pela
primeira vez.

*SOUND EDITING*
*EDIÇÃO DE SOM*

* Vencedores: Skyfall (007 – Operação Skyfall), por Per Hallberg e Karen Baker Landers e Zero Dark Thirty (A Hora Mais Escura), por Paul N.J. Ottosson

Também concorriam:

* Argo, por Erik Aadahl e Ethan Van der Ryn
* Django Unchained (Django Livre), por Wylie Stateman
* Life of Pi (As Aventuras de Pi), por Eugene Gearty e Philip Stockton

Daltopinião: aqui a maior surpresa da noite… um
empate entre os vencedores! Isso só havia acontecido
duas vezes antes na história do Prêmio da Academia.
Numa competição muito parelha, era muito difícil
dizer quem sairia vencedor, e o resultado provou
isso, revelando não apenas um, mas dois ganhadores
neste prêmio técnico. Da parte de “Skyfall” (007 –
Operação Skyfall), foi a quarta indicação de Per
Hallberg, que já tinha duas estatuetas, por
“Braveheart” (Coração Valente), em 1995, e por “The
Bourne Ultimatum” (O Ultimato Bourne), em 2007,
enquanto que Karen Baker concorria pela segunda vez,
já tendo vencido antes também em 2007 por “The Bourne
Ultimatum” (O Ultimato Bourne). Já pela parte de
“Zero Dark Thirty” (A Hora Mais Escura), Paul N.J.
Ottosson levou seu terceiro Oscar em apenas 4
indicações. Ele já havia vencido duas vezes em 2009,
pela Edição de Som e pela Mixagem de Som, por “The
Hurt Locker” (Guerra ao Terror).

*SOUND MIXING*
*MIXAGEM DE SOM*

* Vencedor: Les Misérables (Os Miseráveis), por Andy Nelson, Mark Paterson e Simon Hayes

Também concorriam:

* Argo, por John Reitz, Gregg Rudloff e Jose Antonio Garcia
* Life of Pi (As Aventuras de Pi), por Ron Bartlett, D.M. Hemphill e Drew Kunin
* Lincoln, por Andy Nelson, Gary Rydstrom e Ronald Judkins
* Skyfall (007 – Operação Skyfall), por Scott Millan, Greg P. Russell e Stuart Wilson

Daltopinião: Andy Nelson é uma espécie de “Maryl
Streep da Mixagem de Som”, pois esta foi a sua décima
oitava indicação, fora que, como se isso já não fosse
suficiente, ele concorria nesta categoria também pelo
filme “Lincoln”. Mas apesar de tantas nominações, ele
“só” tinha um Oscar até agora, conquistado em 1998,
por “Saving Private Ryan” (O Resgate do Soldado
Ryan). Contrastando com ele, Mark Paterson e Simon
Hayes concorriam pela primeira vez.

*FOREIGN LANGUAGE FILM*
*FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA*

* Vencedor: Amour (Amor) – Austria

Também concorriam:

* Kon-Tiki – Noruega
* A Royal Affair – Dinamarca
* No – Chile
* War Witch – Canadá

Daltopinião: senti falta do belo filme brasileiro “O
Palhaço”, que poderia muito bem estar entre os cinco
finalistas. Mas atendo-se aos que concorriam, aqui a
vitória do grande filme austríaco era mais do que
certa… era a barbada da noite, junto com o prêmio
de Melhor Ator. Vitória merecida e incontestável da
produção de Michael Haneke.

*DOCUMENTARY FEATURE*
*DOCUMENTÁRIO*

* Vencedor: Searching for Sugar Man, por Malik Bendjelloul e Simon Chinn

Também concorriam:

* 5 Broken Cameras, por Emad Burnat e Guy Davidi
* The Gatekeepers, por Dror Moreh, Philippa Kowarsky e Estelle Fialon.
* How to Survive a Plague, por David France and Howard Gertler
* The Invisible War, por Kirby Dick e Amy Ziering

Daltopinião: deveras interessante este documentário
sobre um cantor e compositor desconhecido dos anos 70
que, dado como morto, começa inesperadamente a fazer
sucesso na África do Sul, o que leva dois de seus fãs
a ir atrás da verdade sobre seu desaparecimento da
cena musical. Esta foi a primeira indicação de Malik
Bendjelloul, e a segunda de Simon Chinn, que já havia
vencido em 2008 por “Man on Wire”.

*DOCUMENTARY SHORT*
*DOCUMENTÁRIO – CURTA*

Vencedor: Inocente, por Sean Fine e Andrea Nix Fine

Também concorriam:

* Kings Point, por Sari Gilman e Jedd Wider
* Mondays at Racine, por Cynthia Wade e Robin Honan
* Open Heart, por Kief Davidson e Cori Shepherd Stern
* Redemption, por Jon Alpert e Matthew O’Neill

Daltopinião: em uma categoria sem favoritos, o
vencedor acabou sendo o curta “Inocente”, sobre uma
adolescente sem-teto (além de ser uma imigrante
ilegal), que luta para realizar seu sonho de se
tornar uma artista. Foi a segunda indicação da dupla
Sean Fine e Andrea Nix Fine, pois eles já haviam
concorrido na categoria Documentário em 2007, por
“War/Dance”.

*SHORT FILM (ANIMATED)*
*CURTA DE ANIMAÇÃO*

* Vencedor: Paperman, por John Kahrs

Também concorriam:

* Adam and Dog, por Minkyu Lee
* Fresh Guacamole, por PES
* Head over Heels, por Timothy Reckart e Fodhla Cronin O’Reilly
* Maggie Simpson in “The Longest Daycare”, por David Silverman

Daltopinião: aqui eu estava profundamente dividido
em minha torcida… pois eu adorei tanto o fantástico
curta de Maggie Simpson quanto o poético “Paperman”.
Gostaria que ambos tivessem saído vencedores, mas
entre uma excelente animação de um personagem
absurdamente cult e uma outra da mesma qualidade, mas
de foco muito mais artístico, não fica muito difícil
descobrir quem sairia vencedor… e a estatueta coube
ao admirável curta em preto-e-branco de John Kahrs,
que debutava no Oscar.

*SHORT FILM (LIVE ACTION)*
*CURTA-METRAGEM*

* Vencedor: Curfew, por Shawn Christensen

Também concorriam:

* Asad, por Bryan Buckley e Mino Jarjoura
* Buzkashi Boys, por Sam French e Ariel Nasr
* Death of a Shadow (Dood van een Schaduw), por Tom Van Avermaet e Ellen De Waele
* Henry, por Yan England

Daltopinião: o vencedor da categoria acabou sendo o peculiar curta de Shawn Christensen, que conta  história de um rapaz que, prestes a cometer suicídio, acaba recebendo o telefonema de sua irmã pedindo-lhe para tomar conta de sua sobrinha. Esta foi a primeira indicação de Christensen ao Prêmio da Academia.

DALTO FIDENCIO
nils satis nisi optimum

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