A cerimônia do Oscar novamente não contou com surpresas, e os favoritos acabaram levando a estatueta para casa… só aqui no Entrementes você pode ler comentários sobre cada uma das categorias, em vez de apenas uma lista dos vencedores. Conectando ideias, conectando a Sétima Arte!
*BEST PICTURE*
*MELHOR FILME*
* Vencedor: Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
Também concorriam:
* American Sniper (Sniper Americano)
* Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude)
* The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste)
* The Imitation Game (O Jogo da Imitação)
* Selma (Selma)
* The Theory of Everything (A Teoria de Tudo)
* Whiplash (Whiplash – Em Busca da Perfeição)
Daltopinião: aqui a briga estava mais entre “Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância” e “Boyhood: Da Infância à Juventude” e a vitória coube à excelente produção do cineasta mexicano Alejandro Gonzáles Iñárritu. O filme conta a história de Riggan Thomson (vivido de forma brilhante por Michael Keaton), um outrora astro de cinema que, hoje decadente, tenta com uma peça na Broadway recuperar seu antigo prestígio, mas que acaba se envolvendo em conflitos, além de ter que conviver com uma estranha voz em sua mente. O filme é brilhante, a Direção é soberba, o Roteiro é inspiradíssimo e as atuações estão muito acima da média, com shows de Keaton, e Edward Norton, além de Emma Stone. Prêmio merecido, mas não se pode deixar de lembrar que se tivesse ido para as mãos do incrivelmente original “Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude)”, não seria uma injustiça. Os produtores vitoriosos foram Alejandro G. Iñárritu, John Lesher e James W. Skotchdopole. Esta foi a quinta nomeação de Iñárritu (incluindo as três de 2015), onde ele já havia concorrido em 2006 para Melhor Filme e Diretor, por “Babel”, já seus parceiros Lesher e Skotchdopole, concorriam pela primeira vez.
*DIRECTING*
*MELHOR DIRETOR*
* Vencedor: Alejandro Gonzáles Iñárritu, por Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
Também concorriam:
* Richard Linklater, por Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude)
* Bennett Miller, por Foxcatcher (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo) * Wes Anderson, por The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste)
* Morten Tyldum, por The Imitation Game (O Jogo da Imitação)
Daltopinião: aqui a briga era ainda mais clara entre
“Birdman” e “Boyhood”. Richard Linklater havia
vencido no Globo de Ouro, mas aqui Alejandro Gonzáles
Iñárritu acabou dando o troco. Ambos entregaram
trabalhos soberbos de Direção, e qualquer uma que
saísse vencedor, seria merecido. Como eu já havia
dito na categoria anterior, incluindo as 3 indicações
deste ano, o cineasta mexicano concorria pela quinta
vez, já tendo sido nomeado duas vezes em 2006, com
“Babel”, para Melhor Filme e Melhor Diretor.
*ACTOR IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATOR*
* Vencedor: Eddie Redmayne, por The Theory of Everything (A Teoria de Tudo)
Também concorriam:
* Steve Carell, por Foxcatcher (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo)
* Bradley Cooper, por American Sniper (Sniper Americano)
* Benedict Cumberbatch, por The Imitation Game (O Jogo da Imitação)
* Michael Keaton, por Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
Daltopinião: novamente a disputa era entre dois
nomes com atuações brilhantes: Eddie Redmayne, que
incorporou de forma impressionante o físico e
cosmologista britânico Stephen Hawking, num mimetismo
quase sobrenatural que deixou a todos de queixo
caído, num papel de extrema dificuldade física, e
Michael Keaton, por sua soberba atuação em “Birdman”.
E para equilibrar ainda mais, cada ator havia vencido
um Globo de Ouro neste ano, sendo Redmayne por Melhor
Ator – Drama e Keaton por Melhor Ator – Comédia ou
Musical. E a vitória coube ao britânico, já em sua
primeira nomeação, mas bem que este Oscar em especial
merecia ter sido dividido.
*ACTRESS IN A LEADING ROLE*
*MELHOR ATRIZ*
* Vencedor: Julianne Moore, por Still Alice (Para Sempre Alice)
Também concorriam:
* Marion Cotillard, por Two Days, One Night (Dois Dias, Uma Noite)
* Felicity Jones, por The Theory of Everything (A Teoria de Tudo)
* Rosamund Pike, por Gone Girl (Garota Exemplar)
* Reese Witherspoon, por Wild (Livre)
Daltopinião: senti falta nesta categoria da nomeação
de Amy Adams, por seu belo trabalho em “Grandes
Olhos” e de Jennifer Aniston, mostrando todo seu
talento em “Cake”, mas mesmo que elas estivessem
concorrendo, a vitória já tinha um nome certo:
Julianne Moore! A ótima atriz finalmente teve seu
grande talento reconhecido, depois de viver de forma
brilhante a Dra. Alice Howland, uma renomada
professora de linguística que tem sua vida virada do
avesso quando é diagnostica com Alzheimer. Esta foi a
quinta nomeação de Moore, que já havia concorrido a
Melhor Coadjuvante por “Boogie Nights – Prazer sem
Limites” (1997), Melhor Atriz por “Fim de Caso”
(1999), Melhor Atriz por “Longe do Paraíso” (2002) e
Melhor Coadjuvante por As Horas (2002).
*WRITING (ORIGINAL SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ORIGINAL*
* Vencedor: Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância), por Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo
Também concorriam:
* Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude), por Richard Linklater
* Foxcatcher (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo), por E. Max Frye e Dan Futterman
* The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Wes Anderson e Hugo Guinness
* Nightcrawler (O Abutre), por Dan Gilroy
Daltopinião: “Birdman” já havia vencido o Globo de
Ouro e vinha como o favorito nesta categoria, o que
acabou por se confirmar. “Boyhood”, pela
originalidade sem igual poderia ter vencido, mas é
inegável que o grande favorito merecia mesmo levar a
estatueta de Melhor Roteiro Original para casa. Esta
foi a primeira nomeação para Nicolás Giacobone,
Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo… já Alejandro
G. Iñárritu, como já citei antes, já havia concorrido
antes em 2006 com “Babel”, para Melhor Filme e
Diretor.
*WRITING (ADAPTED SCREENPLAY)*
*MELHOR ROTEIRO ADAPTADO*
* Vencedor: The Imitation Game (O Jogo da Imitação), por Graham Moore
Também concorriam:
* American Sniper (Sniper Americano), por Jason Hall
* Inherent Vice (Vício Inerente), por Paul Thomas Anderson
* The Theory of Everything (A Teoria de Tudo), por Anthony McCarten
* Whiplash (Whiplash – Em Busca da Perfeição), por Damien Chazelle
Daltopinião: sem favoritos nesta categoria… mas
“Sniper Americano”, “O Jogo da Imitação” e “Whiplash
– Em Busca da Perfeição” estavam na frente… e o
grande vencedor acabou sendo mesmo o roteiro escrito
por Graham Moore, que fala sobre a tentativa do
governo britânico na Segunda Guerra Mundial de
quebrar o famoso código de guerra usado pelos
alemães. Um grupo é formado para decifrar o Enigma e
um de seus integrantes é Alan Turing (vivido de forma
excelente por Benedict Cumberbatch), um jovem e
genial matemático, pioneiro da computação, que tem
problemas para se relacionar com todos à sua volta.
Para que o mundo possa ser salvo do nazismo, esses
problemas terão que ser solucionados. O roteiro é
livremente baseado no livro “Alan Turing: The Enigma
7”, de Andrew Hodges. Esta foi a primeira nomeação de
Graham Moore no Oscar.
*ACTOR IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATOR COADJUVANTE*
* Vencedor: JK Simmons, por Whiplash (Whiplash – Em Busca da Perfeição)
Também concorriam:
* Robert Duvall, por The Judge (O Juiz)
* Ethan Hawke, por Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude)
* Edward Norton, por Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
* Mark Ruffalo, por Foxcatcher (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo)
Daltopinião: dois Hulks concorrendo na mesma
categoria? Assim não ia sobrar pedra sobre pedra…
mas falando sério, apesar da brilhante atuação de
Edward Norton em “Birdman”, este prêmio era uma das
maiores barbadas da noite. O grande JK Simmons havia
vencido todos os prêmios do ano, inclusive o Globo de
Ouro, e levou também para casa o Prêmio da Academia,
pela visceral interpretação em “Whiplash – Em Busca
da Perfeição”, onde ele vive Terence Fletcher, um
impiedoso e abusivo mestre do Jazz, que leva o medo e
a humilhação aos seus alunos. Esta foi a primeira
nomeação do veterano Simmons.
*ACTRESS IN A SUPPORTING ROLE*
*MELHOR ATRIZ COADJUVANTE*
* Vencedor: Patricia Arquette, por Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude)
Também concorriam:
* Laura Dern, por Wild (Livre)
* Keira Knightley, por The Imitation Game (O Jogo da Imitação)
* Emma Stone, por Birdman or The UnexpVirtue ected of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância)
* Meryl Streep, por Into the Woods (Caminhos da Floresta)
Daltopinião: assim como na categoria anterior, aqui
também tínhamos uma favorita destacada para a
vitória, e a previsão se confirmou. Patricia Arquette
já havia vencido o Globo de Ouro e outros prêmios no
ano, e venceu com tranquilidade seu primeiro Oscar,
já em sua primeira indicação. Em “Boyhood” ela vive
uma mãe divorciada que luta para criar seus dois
filhos, numa atuação soberba e que foi merecedora da
estatueta. Em tempo… não posso deixar de citar que
a “Dama do Oscar”, Meryl Streep, concorreu pela 19ª
vez, um recorde absoluto! Mas não foi desta vez que
ela levou seu quarto Oscar para casa…
*ANIMATED FEATURE FILM*
*LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO*
* Vencedor: Big Hero 6 (Operação Big Hero), por Don Hall, Chris Williams e Roy Conli
Também concorriam:
* The Boxtrolls (Os Boxtrolls), por Anthony Stacchi, Graham Annable e Travis Knight
* How to Train Your Dragon 2 (Como Treinar o seu Dragão 2), por Dean DeBlois e Bonnie Arnold
* Song of the Sea, por Tomm Moore e Paul Young
* The Tale of the Princess Kaguya, por Isao Takahata e Yoshiaki Nishimura
Daltopinião: minha torcida era para o vencedor do
Globo de Ouro, “Como Treinar o seu Dragão 2”, mas o
ganhador do Oscar de Melhor Longa de Animação acabou
sendo a peculiar produção da Disney, “Operação Big
Hero”, que pela primeira vez utilizou personagens da
Marvel Comics (que pertence à Disney). Mas nada de
X-Men ou Vingadores, quem dá as caras aqui é o grupo
de heróis Big Hero 6, que é inspirado num mangá, mas
vale citar que aqui no longa os personagens acabaram
bem “americanizados”. Esta foi a segunda vez que
Chris Williams concorria, já tendo sido indicado em
2008 pela animação “Bolt – Supercão”, já Don Hal e
Roy Conli, concorriam pela primeira vez.
*PRODUCTION DESIGN*
*DIREÇÃO DE ARTE & CENÁRIOS*
* Vencedor: The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Adam Stockhausen (Direção de Arte) e Anna Pinnock (Cenários)
Também concorriam:
* The Imitation Game (O Jogo da Imitação), por Maria Djurkovic (Direção de Arte) e Tatiana Macdonald
(Cenários)
* Interstellar (Interestelar), por Nathan Crowley (Direção de Arte); Gary Fettis (Cenários)
* Into the Woods (Caminhos da Floresta), por Dennis Gassner (Direção de Arte) e Anna Pinnock (Cenários)
* Mr. Turner (Sr. Turner), por Suzie Davies (Direção de Arte) e Charlotte Watts (Cenários)
Daltopinião: minha torcida era por “Caminhos da
Floresta”, mas não se pode dizer que a estatueta foi
parar em mãos erradas, com a vitória de “O Grande
Hotel Budapeste:”, com sua Direção de Arte de tirar o
fôlego. Vitória merecida, apesar que se deve também
citar o grande trabalho nessa categoria, de “Sr.
Turner”. Esta foi a segunda nomeação para Adam
Stockhausen, que havia concorrido no ano passado por
“12 Anos de Escravidão”, já Anna Pinnock, incluindo
sua nomeação neste ano também com “Caminhos da
Floresta”, concorria pela quinta vez, já tendo sido
indicada por “As Aventuras de Pi” (2012), “A Bússola
de Ouro” (2007) e “Assassinato em Gosford Park”
(2001).
*CINEMATOGRAPHY*
*FOTOGRAFIA*
* Vencedor: Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman ou a Inesperada Virtude da Ignorância), por Emmanuel Lubezki
Também concorriam:
* The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Robert Yeoman
* Ida (Ida), por Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski
* Mr. Turner (Sr. Turner), por Dick Pope
* Unbroken (Invencível), por Roger Deakins
Daltopinião: aqui todos eram fortes concorrentes…
eu tinha uma queda por “Invencível”, mas a Fotografia
de “Birdman” foi simplesmente impecável, e foi
vencedora com todos os méritos. Vale destacar a
participação do filme “Ida”, uma humilde produção
polonesa se metendo entre os gigantes de língua
inglesa. Esta foi a sétima vez que Emmanuel Lubezki
concorreu, já tendo sido vencedor no ano passado por
“Gravidade”, ele havia concorrido sem sucesso em 2011
por “A Árvore da Vida”, em 2006 por “Filhos da
Esperança”, em 2005 por “O Novo Mundo”, em 1999 por
“Sleepy Hollow – A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”, e
em 1995 por “A Princesinha”.
*COSTUME DESIGN*
*FIGURINO*
* Vencedor: The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Milena Canonero
Também concorriam:
* Inherent Vice (Vício Inerente), por Mark Bridges
* Into the Woods (Caminhos da Floresta), por Colleen Atwood
* Maleficent (Malévola), por Anna B. Sheppard
* Mr. Turner (Sr. Turner), por Jacqueline Durran
Daltopinião: não havia um favorito destacado para
levar o Oscar de Melhor Figurino, mas foi justíssima
a vitória de “O Grande Hotel Budapeste”, pelo grande
trabalho da talentosa e premiadíssima Milena
Canonero, que levou para casa sua quarta estatueta
dourada. Ela já havia vencido em 2006 por “Maria
Antonieta”, em 1981 por “Carruagens de Fogo” e em
1975 por “Barry Lyndon”, além de ter sido nomeada em
2001 por “O Enigma do Colar”, em 1999 por “Titus”, em
1990 por “Dick Tracy”, en 1988 por “Tucker – Um Homem
e seu Sonho” e em 1985 por “Entre Dois Amores”.
*FILM EDITING*
*MONTAGEM*
* Vencedor: Whiplash (Whiplash – Em Busca da
Perfeição), por Tom Cross
Também concorriam: * American Sniper (Sniper Americano), por Joel Cox e Gary D. Roach
* Boyhood (Boyhood: Da Infância à Juventude), por Sandra Adair
* The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Barney Pilling
* The Imitation Game (O Jogo da Imitação), por William Goldenberg
Daltopinião: apesar de concorrer contra pesos-
pesados como William Goldenberg (cinco indicações,
uma vitória) e Joel Cox (três indicações, uma
vitória), o Prêmio da Academia para Melhor Montagem
acabou nas mãos de Tom Cross, que concorria pela
primeira vez. Seu trabalho em “Whiplash – Em Busca da
Perfeição”, com o perdão do trocadilho infame, beirou
mesmo a perfeição, e sua vitória foi mais do que
merecida.
*MAKEUP AND HAIRSTYLING*
*MAQUIAGEM*
* Vencedor: The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Frances Hannon e Mark Coulier
Também concorriam:
* Foxcatcher (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo), por Bill Corso e Dennis Liddiard
* Guardians of the Galaxy (Guardiões da Galáxia), por Elizabeth Yianni-Georgiou e David White
Daltopinião: numa categoria com poucos concorrentes,
todos eram dignos da vitória. “Guardiões da Galáxia”
teve uma maquiagem impecável, Steve Carell ficou
irreconhecível em “Foxcatcher”, como uma maquiagem
impressionante e “O Grande Hotel Budapeste” então…
todo o elenco ficou irreconhecível! E com isso os
votantes da Academia elegeram este último como o
grande vencedor, com todos os méritos. Esta foi a
segunda nomeação para Mark Coulier, que já havia
concorrido em 2011 por “A Dama de Ferro”, já Frances
Hannon foi nomeado pela primeira vez.
*MUSIC (ORIGINAL SCORE)*
*TRILHA SONORA ORIGINAL*
* Vencedor: The Grand Budapest Hotel (O Grande Hotel Budapeste), por Alexandre Desplat
Também concorriam:
* The Imitation Game (O Jogo da Imitação), por Alexandre Desplat
* Interstellar (Interestelar), por Hans Zimmer
* Mr. Turner (Sr. Turner), por Gary Yershon
* The Theory of Everything (A Teoria de Tudo), por Jóhann Jóhannsson
Daltopinião: gostei muito da Trilha de
“Interestelar”, mas o favorito aqui era mesmo
Alexandre Desplat, que concorria duas vezes! E deu a
lógica, com o francês finalmente saindo vitorioso,
com seu belíssimo trabalho para “O Grande Hotel
Budapeste”, depois de ter batido na trave por várias
vezes. Anteriormente, ele já havia sido nomeado por
seis vezes, tendo concorrido no ano passado por
“Philomena”, em 2012 por “Argo”, em 2010 por “O
Discurso do Rei”, em 2009 por “O Fantástico Sr.
Raposo”, em 2008 por “O Curioso Caso de Benjamin
Button” e em 2006 por “A Rainha”. São oito nomeações
nos últimos nove anos… impressionante.
*MUSIC (ORIGINAL SONG)*
*CANÇÃO*
* Vencedor: “Glory” por SELMA (Selma – Uma Luta Pela Igualdade), música e letra de John Stephens e Lonnie Lynn
Também concorriam:
* “Everything Is Awesome” por THE LEGO MOVIE (Uma aventura Lego), música e letra de Shawn Patterson
* “Grateful” por BEYOND THE LIGHTS (Além das Luzes”), música e letra de Diane Warren
* “I’m Not Gonna Miss You” por GLEN CAMPBELL…I’LL BE ME, música e letra de Glen Campbell e Julian
Raymond
* “Lost Stars” por BEGIN AGAIN (Mesmo Se Nada Der Certo), música e letra de Gregg Alexander e Danielle Brisebois
Daltopinião: a cinebiografia de Martin Luther King
Jr gerou um belíssimo filme, mas estranhamente, quase
vergonhosamente, foi ignorada pela Academia, e “Selma
– Uma Luta Pela Igualdade” acabou concorrendo a
apenas um Oscar, o de Melhor Canção. Menos mal que
saiu vencedor pela tocante “Glory”… seria uma
injustiça se fosse diferente. Esta foi a primeira vez
que John Stephens e Lonnie Lynn foram indicados.
*VISUAL EFFECTS*
*EFEITOS VISUAIS*
* Vencedor: Interstellar (Interestelar), por Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott Fisher
Também concorriam:
* Captain America: The Winter Soldier (Capitão América 2: O Soldado Invernal), por Dan DeLeeuw, Russell Earl, Bryan Grill and Dan Sudick
* Dawn of the Planet of the Apes (Planeta dos Macacos: O Confronto), por Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett e Erik Winquist
* Guardians of the Galaxy (Guardiões da Galáxia), por Stephane Ceretti, Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner e Paul Corbould
* X-Men: Days of Future Past (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido), por Richard Stammers, Lou Pecora, Tim Crosbie e Cameron Waldbauer
Daltopinião: o favorito aqui (e o meu também) era
“Planeta dos Macacos: O Confronto”, sem dúvida o
filme com os mais impressionantes Efeitos Visuais do
ano passado, mas a Academia discordou e preferiu
eleger “Interestelar”, que sem dúvida alguma entregou
Efeitos soberbos, mas não no nível visceral de Ceaser
& Cia. Só que não se pode nunca dizer que uma vitória
de um mago dos Efeitos como Paul Franklin foi
injusta… foi sua terceira indicação, ele que já
havia vencido em 2010 por “A Origem” e sido nomeado
em 2008 por “Batman – O Cavaleiro das Trevas”.
*SOUND EDITING*
*EDIÇÃO DE SOM*
* Vencedor: American Sniper (Sniper Americano), por Alan Robert Murray e Bub Asman
Também concorriam:
* Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman), por Martin Hernández e Aaron Glascock
* The Hobbit: The Battle of the Five Armies (O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos), por Brent Burge e Jason Canovas
* Interstellar (Interestelar), por Richard King
* Unbroken (Invencível), por Becky Sullivan e Andrew DeCristofaro
Daltopinião: eu torcia por “O Hobbit: A Batalha dos
Cinco Exércitos” (sim, e aqui além da razão entra o
fato deste que vos escreve ser um nerd
tolkienmaníaco), mas o leve favoritismo de “Sniper
Americano” acabou se confirmando, e Alan Robert
Murray e Bub Asman foram os escolhidos para subir ao
palco e receber mais um Prêmio da Academia. Esta foi
a sétima nomeação de Murray, que já havia vencido em
2006 por “Cartas de Iwo Jima”, e concorrido em 2006
por “A Conquista da Honra”, em 2000 por “Cowboys do
Espaço”, em 1996 por “Queima de Arquivo”, em 1989 por
“Máquina Mortífera” e em 1985 por “O Feitiço de
Áquila”. Já Asman foi nomeado pela quinta vez, já
tendo sido vencedor em 2006 por “Cartas de Iwo Jima”,
e concorrido em 2006 por “A Conquista da Honra”, em
2000 por “Cowboys do Espaço” e em 1996 por “Queima de
Arquivo”.
*SOUND MIXING*
*MIXAGEM DE SOM*
* Vencedor: Whiplash (Whiplash – Em Busca da Perfeição), por Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley
Também concorriam:
* American Sniper (Sniper Americano), por John Reitz, Gregg Rudloff e Walt Martin * Birdman or The Unexpected Virtue of Ignorance (Birdman), por Jon Taylor, Frank A. Montaño e Thomas Varga
* Interstellar (Interestelar), por Gary A. Rizzo, Gregg Landaker e Mark Weingarten * Unbroken (Invencível), por Jon Taylor, Frank A. Montaño e David Lee
Daltopinião: aqui os favoritos eram “Whiplash” e
“Sniper Americano”, e a vitória coube ao primeiro,
com todos os méritos, pois “Whiplash – Em Busca da
Perfeição” se mostrou extremamente competente nesta
categoria técnica. Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas
Curley concorriam apenas pela primeira vez mas já
saíram laureados da cerimônia.
*FOREIGN LANGUAGE FILM*
*FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA*
* Vencedor: Ida (Ida) – Polônia. Direção de Pawel Pawlikowski
Também concorriam:
* Leviathan (Leviatã) – Rússia. Direção de Andrey Zvyagintsev
* Tangerines – Estônia. Direção de Zaza Urushadze
* Timbuktu – Mauritânia. Direção de Abderrahmane Sissako
* Wild Tales (Relatos Selvagens) – Argentina. Direção de Damián Szifron
Daltopinião: aqui minha torcida era pelo argentino
“Relatos Selvagens”, mas o favorito destacado era
mesmo a tocante produção em P&B vinda da Polônia.
Resultado justíssimo. Foi a primeira vitória de um
filme polonês no Oscar, mas o país já havia
concorrido nove vezes anteriormente, tendo sido
nomeado em 2011 por “In Darkness”, em 2007 por
“Katyn”, em 1981 por “Man of Iron”, em 1979 por “The
Maids of Wilko”, em 1976 por Nights and Days”, em
1975 por “Land of Promise”, em 1974 por “The Deluge”,
em 1966 por “Pharaoh”, e em 1963 por “Knife in The
Water”.
*DOCUMENTARY FEATURE*
*DOCUMENTÁRIO*
* Vencedor: CitizenFour, por Laura Poitras, Mathilde Bonnefoy e Dirk Wilutzky
Também concorriam:
* Finding Vivian Maier, por John Maloof e Charlie Siskel
* Last Days in Vietnam, por Rory Kennedy e Keven McAlester
* The Salt of the Earth (O Sal da Terra), por Wim Wenders, Juliano Ribeiro Salgado e David Rosier
* Virunga, por Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara
Daltopinião: toda a torcida era para “O Sal da
Terra”, sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião
Salgado, (um dos diretores, Juliano Salgado, é filho
de Sebastião), mas infelizmente deu a lógica e o
favorito saiu vencedor… “CitizenFour” fala sobre o
analista de informática Edward Snowden, que vazou
documentos secretos da Agência de Segurança Nacional
norte-americana, detalhando a extensão da vigilância
do governo sobre os cidadãos do país. Esta foi a
segunda nomeação de Laura Poitras, ela que já havia
concorrido em 2006 pelo Documentário “My Country, My
Country”, já Mathilde Bonnefoy e Dirk Wilutzky
concorriam pela primeira vez.
*DOCUMENTARY SHORT SUBJECT*
*DOCUMENTÁRIO – CURTA*
* Vencedor: Crisis Hotline: Veterans Press 1, por Ellen Goosenberg Kent e Dana Perry
Também concorriam:
* Joanna, por Aneta Kopacz
* Our Curse, por Tomasz Sliwinski e Maciej Slesicki
* The Reaper (La Parka), por Gabriel Serra Arguello
* White Earth, por J. Christian Jensen
Daltopinião: outra categoria sem surpresas, e o
favorito “Crisis Hotline” foi o vencedor. Este ótimo
Documentário – Curta fala da central telefônica que
recebe ligações de veteranos de guerra, com
tendências suicidas. Os militares veteranos,
traumatizados pelas guerras, correspondem a 20% dos
suicídios ocorridos nos Estados Unidos a cada ano.
Esta foi a primeira nomeação tanto para Ellen
Goosenberg Kent quanto para Dana Perry.
*SHORT FILM (ANIMATED)*
*CURTA DE ANIMAÇÃO*
* Vencedor: Feast, por Patrick Osborne e Kristina Reed
Também concorriam:
* The Bigger Picture, por Daisy Jacobs e Christopher Hees
* The Dam Keeper, por Robert Kondo e Dice Tsutsumi
* Me and My Moulton, por Torill Kove
* A Single Life, por Joris Oprins
Daltopinião: mais um favorito a sair vencedor. Esta
excelente e divertida animação da Disney fala de um
simpático cãozinho que luta para salvar a relação de
seu dono, tendo como interesse a comida que recebe…
Esta foi a primeira nomeação para a dupla de
animadores, Patrick Osborne e Kristina Reed.
*SHORT FILM (LIVE ACTION)*
*CURTA-METRAGEM*
* Vencedor: The Phone Call, por Mat Kirkby e James Lucas
Também concorriam:
* Aya, por Oded Binnun e Mihal Brezis
* Bo ogaloo and Graham, por Michael Lennox e Ronan Blaney
* Butter Lamp (La Lampe au Beurre de Yak), por Hu Wei e Julien Féret
* Parvaneh, por Talkhon Hamzavi e Stefan Eichenberger
Daltopinião: aqui senti falta do curta brasileiro “O
Caminhão do meu Pai”, de Mauricio Osaki, que estava
entre os pré-indicados mas acabou ficando de fora dos
cinco finalistas. O vencedor, “The Phone Call”, é uma
história tocante, que mostra uma mulher que trabalha
numa central telefônica para pessoas em crise, que
recebe uma ligação de um idoso suicida. Esta foi a
primeira nomeação para Mat Kirkby e James Lucas.
DALTO FIDENCIO
nils satis nisi optimum
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