Penso nos violinos mágicos, infinitudes.
Catálogos, listas telefônicas, vacilos.
Juventude, papéis de bala, passagens
Caracas!?!?! e essa tal de magnólia.
Antonio atônito, inesgotável
atulhado com seus pensamentos.
Mergulha na fonte.
Vivência o potável.
Conheceu o velho passageiro de Magritte
no banco de areia dos cafundós.
Uma cusparada resvala uma rapa de pombos
chorando, clamando migalhas na praça.
Porra! de salário que nunca sóbra nada.
Depois de espanar o chapéu
do amigo com as mãos.
Colocou a chuva bolso do colete.
Ficaram olhando para o horizonte.
Tela plana com planos de vida.
Cores fortes, renascendo
naquele instante, intenso.
Hei de ir na montanha
sem cansaço, sem tormento
encontrar o ribombo amigo
entre nuvens pé-de-chumbo.
A bola de sol oculta
Melancolia
na massa cinzenta
que embaça o dia.
Me aprofundo
em seu decote
toque vintage.
Deslizante
Colo a mão
na viscose.
Contraio o diafragma.
Tenso, anoiteço
em suas pernas quentes.
Ricola de Paula