Arte Literatura Poesia Ricola de Paula

Bulas sem sol

O amor
que no lençol
exala desejos
deixou minhas
narinas
congestionadas

espirro!!!

Pensei em fazer um torniquete nas idéias
e andar sem o apoio da intuição.
Respirar fundo e exercitar-se
ao invés de fazer mudanças inesperadas
no sentido da próxima frase.

Pastoreio velhas palavras
encontro novas pastagens
as mesmas só que agora
terraplenadas e poluídas.

Parece obscuro/turvo
e olhar demais
aqui não funciona.

Não funciona também
Ser obs-tétrico, realçar com azul
o cinza plúmbeo.

Precisamos construir
no andar de cima
outra dependência
tantos eus compactos
tantos inquilinos
e o lixo, onde guardaremos
tanto lixo.

Falhas no carregamento

pressão nos escapamentos
o mesmo discurso inútil
e pensamentos sujos
dos porcos banqueiros
fabricando metano
procurando trufas
patrocinando as guerras.

Dióxido absorvendo atmosfera

nublada com tons de melancolia

Esferilhos, esfericidas
esferançosos esferam

Encontro inesperado
breve
com a palavra: presumir

como presumir atos de maldade

a queda do bastão na passagem

a pré solução solúvel cabal

a falha mágica e magnética

o aroma do falso pluralismo

a ascensão do fútil, e do banal

a evolução do tornado.
Ricola de Paula

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