HOMEM-ARANHA DE VOLTA AO LAR: SEJA BEM VINDO!
Por Thainá Christine
do blog Sonhando através de palavras
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“Depois de atuar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker voltar para casa e para a sua vida, já não mais tão normal. Lutando diariamente contra pequenos crimes nas redondezas, ele pensa ter encontrado a missão de sua vida quando o terrível vilão Abutre surge amedrontando a cidade. O problema é que a tarefa não será tão fácil como ele imaginava.”
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A diversidade no grupo de amigos do Peter (e no filme todo): logo no começo fica claro que há uma diversidade no grupo de amigos do Peter e até mesmo nas demais cenas do filme. Estamos acostumados com filmes, seja de super heróis ou não, que em seu elenco utilizam-se de atores da mesma etnia, ficando até repetitivo demais e sem nenhuma representatividade. Homem-Aranha de Volta ao Lar vem para quebrar esse padrão belo, recatado e do lar, trazendo diversidade através de seus personagens e somando ainda mais identificação e uma relação positiva com o telespectador.O Peter jovem e inexperiente: nesse filme o Peter tem apenas 15 anos, e sua experiência como herói ainda é algo novo para ele. Durante a história fica claro que ele é um garoto inexperiente e que ainda preciso aprender muito ao longo da sua vida, e isso foi um dos pontos mais legais para mim. Temos aqui um Peter que se decepciona, erra e aprende com as suas próprias “burradas”. É perceptível a dificuldade do personagem ao enfrentar um vilão mais poderoso e que lhe traz problemas irreparáveis. Porém, apesar das dificuldades ele segue tentando e buscando melhorias em si mesmo. Ele não desiste, e com isso os ensinamentos surgem.
A personagem Michelle: mesmo aparecendo pouco, Michelle conseguiu ganhar um grande espaço no meu coração através do seu jeito sarcástico e fechado de ser. Interpretada por Zendaya, a personagem me cativou assim que apareceu na tela, fazendo com que acontecesse uma certa identificação entre nós, e talvez por isso ela tenha se tornado tão especial e essencial para mim ao longo do filme. Michelle é misteriosa e não teremos todas as respostas sobre a personagem nesse primeiro longa, deixando assim um ar de curiosidade e muita vontade para saber mais sobre ela. E uma das coisas mais legais da personagem é que ela sempre está com um livro na mão. Daria para eu me identificar menos com ela? Acredito que não.
A realidade dos poderes do Homem-Aranha em mundo aberto: se você já se perguntou como o Homem-Aranha faz para voar pelo céu em um lugar onde não tem prédios (em um parque, por exemplo), você terá a sua resposta nesse filme. Ao contrário de um famoso game do Homem-Aranha, onde ele utiliza as teias em lugares abertos como se estivesse pendurado no céu, o nosso novo Aranha mostra a realidade ao tentar jogar uma teia em um lugar que não tem edifícios ou paredes, e essas cenas fazem parte dos momentos mais engraçados do filme.
As cenas de interação: por mais que as cenas de ação sejam bastante interessantes e de tirar o fôlego (principalmente a cena final), aquelas cenas com diálogos e interação entre os personagens transparecem o quanto o elenco estava em sintonia. Através dessas interações conseguimos conhecer um pouco mais dos personagens secundários que ganham um espaço especial no longa, sendo fundamentais para a apresentação da história do Peter e até mesmo para o seu crescimento pessoal. São através dessas interações que presenciamos o crescimento (e o nascimento) da amizade entre os personagens e a sutileza em um leve romance entre Peter e Liz. É incrível como esses momentos conseguem se encaixar perfeitamente com os de ação.
Uma menção honrosa para a música clássica que toca assim que o filme se inicia e que logo te enche de nostalgia e bons pensamentos, não havendo maneira melhor de ter começado.
O que eu não gostei?
É muito difícil, para mim, falar de pontos negativos quando na realidade eu adorei por inteiro o filme. Acaba que eu fico tão emocionada ao assisti-lo, que ao decorrer do longa não presto atenção em detalhes que podem me incomodar futuramente e nem me apego a coisas mínimas que não gostei no calor do momento. Então, na hora de falar o que eu não gostei não me vem nada em mente, como agora. Por isso, irei me ater as coisas boas do filme.
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Homem-Aranha de Volta ao Lar trouxe grandes surpresas positivas para mim, alcançando as minhas expectativas e até mesmo superando-as. Até admito que a posição de melhor Homem-Aranha para mim, até então sendo ocupada pelo Andrew Garfield, se encontra no momento abalada e cercada de dúvidas. Tom Holland, realmente, foi ainda mais do que eu esperei.
Eu gostei bastante desse novo filme e de como o personagem foi apresentado com mais detalhes, já que em Guerra Civil a sua participação acaba sendo curta. Dá para perceber, tanto nas cenas do filme como também nos vídeos que foram saindo para divulgação, que o Tom Holland se esforçou para encarnar um Peter Parker perfeito e que agradasse aos fãs, e fico feliz em ver que ele teve grande êxito nessa nova jornada da sua carreira. O ator representa um Homem-Aranha carismático e engraçado, através de um humor que em nenhum momento aparenta ser forçado, mas um humor que flui de maneira bastante natural. O ator já havia me conquistado através da sua atuação no filme O Impossível, porém, fui ainda mais arrebatada ao presenciá-lo no papel desse herói, que até então não tinha ganho tanto destaque para mim.
O filme mescla momentos de ação com cenas e diálogos engraçados e uma pitada essencial de drama. É bom lembrar que neste filme não é apresentado como o Homem-Aranha ganhou os seus poderes, porém, ainda tem como foco a origem do Peter Parker e o começo da sua vida como um super-herói. Com o seu diferencial, Homem-Aranha de Volta ao Lar traz uma história leve, divertida e especial para os velhos e novos fãs, trazendo também pela primeira vez uma nova interação com os outros filmes da Marvel. A única coisa que espero futuramente é poder continuar acompanhando esses personagens e o desenvolvimento do Tom Holland como Peter Parker.
Muito bom