No extrato amargo
Poemas, cascas, raízes.
Poeta, não sabe bulufas!!!
Desse lance esperto.
VitalíCio, empregatiCio.
Pasta palavras
Rumina poemas
Desertor, conspira
Com o universo
Berço que embala
Entropia, abelhas.
Na falta do calor humano
vai embora,deita o cabelo.
Outro ritmo, outra ginga
Faz tremelicar o mercúrio
Dentro do seu termômetro.
Aquecido, salvo
sabe que não precisa
agarrar se a foice
muito menos deitar
o roçado.
Mora perto do aqueduto
não cortou as esporas do galo
ainda quer se encontrar
com a danada da parapitinga.
Incendeio o mato seco
a geada, inté mesmo
indiferença.
Não tive pai
não pude ser pródigo.
Abraço árvores ásperas
registro o depoimento
das pedras falantes.
Vozerio mastigado.
Bem perto do som emitido
de pés paternos
sobre o cascalho pisado.
Ora…ora
Vigia o batimento
do peito das ruas.
Agruras estão
por toda parte.
No acerto das contas
Frases lindas em decomposição
Banquete de sobras esturricadas
Prosopopéias, dramas,comédias
Elegias, tragédias.
Esquecemos do amor
A magia da providência.
A elegância de um só
Nobre pensamento.
Outra volta no relógio
Gastamos nosso precioso tempo
Comiserações, abatimentos
Congestionadamente.
Ricola de Paula.