Arte Literatura Poesia Ricola de Paula

Penúrias

No extrato amargo
Poemas, cascas, raízes.

Poeta, não sabe bulufas!!!
Desse lance esperto.
VitalíCio, empregatiCio.

Pasta palavras
Rumina poemas
Desertor, conspira
Com o universo
Berço que embala
Entropia, abelhas.

Na falta do calor humano
vai embora,deita o cabelo.

Outro ritmo, outra ginga
Faz tremelicar o mercúrio
Dentro do seu termômetro.

Aquecido, salvo
sabe que não precisa
agarrar se a foice
muito menos deitar
o roçado.

Mora perto do aqueduto
não cortou as esporas do galo
ainda quer se encontrar
com a danada da parapitinga.

Incendeio o mato seco
a geada, inté mesmo
indiferença.

Não tive pai
não pude ser pródigo.

Abraço árvores ásperas
registro o depoimento
das pedras falantes.

Vozerio mastigado.

Bem perto do som emitido
de pés paternos
sobre o cascalho pisado.

Ora…ora
Vigia o batimento
do peito das ruas.

Agruras estão
por toda parte.

No acerto das contas
Frases lindas em decomposição
Banquete de sobras esturricadas
Prosopopéias, dramas,comédias
Elegias, tragédias.

Esquecemos do amor
A magia da providência.

A elegância de um só
Nobre pensamento.

Outra volta no relógio
Gastamos nosso precioso tempo
Comiserações, abatimentos
Congestionadamente.

Ricola de Paula.

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