Linha de fundo,
ensaia, e chuta forte
o adverso.
Outra porta à direita
no fim do corredor, abra.
Não! não tranque,
jogue a chave,
escreva na porta.
-O que move o mundo,
fome, inveja, sexo
grana, poder
conservantes,
conservadores
dominantes, dominados
e a coca-cola-
Bola pra frente,
coloque a fila em movimento.
Esqueça as barreiras
do impune, do contrário
parece que foi ontem o inferno.
Expulsos do meio do campo
os animais que clamavam
e respiravam ditadura.
Retrocesso.
A pilha de fatos deu nos nervos
Rebuliço de vermes nas tripas.
Mais a palavra justiça, e outras
obrigações ainda não reajustáveis.
Como ficar alheio aos sintagmas.
Além do saldo negativo do sofrimento.
Saudável
o impulso de vida
que toca
o peito e simples
fica.
Atávico, meio macunaíma
não desisto da pesquisa
e dos sintomas da preguiça.
Gosto quando você finge
que vai embora
passa o trinco na porta.
Muda o vestimenta
vestihortelã
e liga o chuveiro
IniCiando seus jogos de outono
com sua camisetinha setembrina.
Sinto o cheiro da sua mata
e das flores
no algodão estampadas.
Gosto quando você tira os brincos
e posso mordiscar os seus lóbulos.
Gosto das suas risadas
desperdiCIOs , excessos
entre mimos e abraços.
Ricola de Paula