Após 10 anos de sua primeira edição, livro do escritor Luiz Biajoni volta ao mercado editorial
Em comemoração aos 10 anos de sua primeira edição, a Editora Penalux lança a segunda edição do livro Virgínia Berlim – Uma Experiência, do escritor paulista Luiz Biajoni.
O enredo começou a ser elaborado em 1996 e somente foi publicado em 2007, em uma tiragem de 200 exemplares, a qual se esgotou na noite de lançamento. Tornou-se, então, um livro cultuado, com várias resenhas na web. Também por conta disso, ganha agora nova impressão, em edição comemorativa restrita a apenas 100 exemplares numerados. Trata-se de uma oportunidade para que os leitores possam conhecer o início de um autor procurando seu estilo, mas com a prosa já característica, mesmerizante.
Segundo o autor, quando ele escreveu a história, foi algo feito despretensiosamente. “Até hoje não entendo bem como este romance curto ganhou a simpatia de tantos leitores”, diz o escritor.
Mesmo decorrida uma década, a obra continua sendo o livro preferido entre os leitores do autor.
Narrativa curta, entre o conto e a novela, a história, na primeira pessoa, tange a autoficção, tão comentada nos últimos tempos, mas se mostra cuidadosa em borrar o real e o imaginário, sem hipérboles ou estratégias rocambolescas. Narrativa direta.
O autor conta como foi o processo de feitura da obra: “No rigoroso inverno de 1996 eu me vi, pela primeira vez, morando sozinho. O apartamento era frio, a cidade era estranha e minha namorada tinha me deixado. Eu tinha 25 anos, estava lendo os livros de Joseph Campbell e queria ser escritor. Sem ter muito o que fazer, comecei a escrever a história de um rapaz sem nome que vive sozinho em um apartamento. Logo enchi um caderno e comprei outro. Em quatro meses tinha umas quatrocentas páginas dessa história. Joguei os cadernos num fundo de gaveta, voltei pra casa de meus pais e fui viver minha vida.”
O enredo
Virgínia Berlim, como já dito, foi escrita à mão em uma versão bem mais extensa do que a publicada. A trama da história é sobre um homem calado, que não gosta muito das tumultuosas relações humanas. Na abertura do livro, percebe-se que os assuntos que norteiam a conversa da maioria das pessoas, para ele, são temas de nenhuma importância.
Após decidir ir embora de uma noitada com os colegas de trabalho, uma mulher chamada Virgínia, em companhia deles, afirma que irá para o mesmo ponto de ônibus que o narrador. O envolvimento amoroso entre ambos começa instigado por Virgínia, que rouba um beijo inesperado do narrador, e após isto, vai embora sem dar satisfações.
A escrita da obra é feita com uma espécie de humor sarcástico. No livro, as palavras não são embelezadas, mas sim parecem provir do âmago do personagem-narrador, para denunciar um prisma de visão do mundo meio amargo, que de tão seca chega a ser engraçada.
Um diferencial do livro é a ambientação musical: uma trilha sonora foi feita exclusivamente para o enredo de Virgínia. As músicas compostas para obra encontram-se no site do autor (http://www.biajoni.com.br). Trilha perfeita para esta trama: história de amor abrupta e curta, assim como as páginas do próprio livro.
SERVIÇO
Título: Virgínia Berlim [uma experiência]
Autor: Luiz Biajoni
Tamanho: 15×20
Páginas: 78
Preço: R$ 40
Link para compra:
http://bit.ly/virginia_berlim_leia
SOBRE O AUTOR
Luiz Biajoni.
Nasceu e vive em Americana, SP. Escreveu três novelas policiais sacanas, publicadas em um único volume, intitulado A Comédia Mundana (Língua Geral, 2013) e A Viagem de James Amaro (Língua Geral, 2015), ambos editados também em Portugal, pela Chiado Editora. Publicou ainda Elvis & Madona – Uma Novela Lilás (Língua Geral, 2010).