Por Gilberto Silos
Na vida, muitas estradas percorri,
Em busca de não sei bem o quê.
Vivi encontros, desencontros, dores e alegrias,
Mas, que me importa tudo isso ?
Melhor é a viagem que chegar ao destino.
Os anos seguiram seu longo curso,
Deixando-me marcas na alma e no corpo.
Rugas ? As minhas foram ritos de passagem,
E contam toda a minha história.
Cicatrizes ? Sim, eu as carrego;
Quem não as tem apenas passou pela vida.
Erros ? Cometi e até alguns acertos.
Dos primeiros extrai lições essenciais,
E isso formou minha consciência;
Dos acertos nutri minha paz interior.
Os cabelos ficaram alvos, escassearam;
Os olhos e ouvidos já não são os mesmos.
Hoje minha percepção é mais interna:
Vejo e ouço com o meu próprio coração.
Às vezes minha mente titubeia,
E meus argumentos parecem descabidos.
Mas, como disse o poeta Gullar:
“Não quero sempre ter razão”,
“Quero mesmo é ser feliz”.
Na jornada perdi muitas coisas,
Em compensação ganhei a mim mesmo.
Livrei-me do que não me servia mais;
Hoje convivo bem com minha essência,
E posso, então, dizer como Neruda:
“Confesso que vivi”.
GILBERTO – “DOS ANOS VIVIDOS”
Enveredei pelos caminhos da poesia…sem bem saber porque !.
Acredito ser a alma a condutora de tal caminho.
Necessitando expandir o que lá dentro, bem lá dentro
em um cantinho do coração, se escondia.
GILBERTO em sua poesia a alma aflorou em gorjeios de expansão, reação, luz…
Parabéns – Edna