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Oje

Descaso com a educação, saúde e aumentos abusivos.
Pesam no bolso família do cidadão.
Um trem de bala perdida trilhando cidades e favelas.
Jogos de copa e cozinha super faturados nas casas Brasília ,
gás do pré-sal a disposição no fundo da algazarra .

Você nem se comove , plana alto .
Põe a mini-saia e sorri espraiada.
Eu não largo da batata .
Há tempos assa no meu bolso.
Verde – amarelo, entra partido & saí partido.
Sem bloco, sem terra, sem tijolos no alicerce.
Ordem e regresso – fotocópia do abuso.
Explicita comédia, pastiche, pastelão.
Fotos de corruptos sorrindo, outros chorando.

A tão sonhada revolução acontece
um palmo abaixo do piercing do seu umbigo.
Trinco , dobradiças , olho-mágico
na porta das delícias perigosas
ainda sem molho recoloco a chave no miolo
e soluças quase sem ar.
Com um simples giro na maçaneta
ouço o murmúrio dos seus segredos.

Debaixo das nuvens amaciadas no confort
vigilante das alturas o gavião coringa
plana sobre a copa das árvores , surpreso
admira o bordado da mata ciliar
cascatas de trepadeiras coloridas.
Atento a qualquer movimento
da presa dentro da folhagem rasteira
na mesma sintonia , tucanos e almas-de-gato
saltitam de galho em galho.

Insone , embriago-me
em inglês, um sentimento opaco
dentro de um copo americano
Não consigo sair do começo.

desconforto/traumático/insano.

Entra Baba e sai baba

Livra meus pés
da
lama do caminho.

Além do azimuth
o nardo empoeirado
santo, vibhuti.

Babaji ! Babaji ! Babaji !

….

Ricola de Paula

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