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Plano de Voo: A Poesia de Eduardo Veras

PLANO DE VOO: A POESIA DE EDUARDO VERAS

Livro de poeta mineiro explora o fazer poético em meio a metáforas de voos e quedas

 Neste livro, no qual se reúnem 29 poemas em prosa, o tema proposto é a própria experiência poética. Eduardo Veras experimenta a poesia como um exercício de aproximação e distanciamento em relação ao fluxo da vida e, principalmente, como um procedimento artificial, resultado de uma engenharia espacial. Não à toa a experiência poética, nesta obra, é comparada ao voo de um avião – uma experiência fascinante e transitória, bela e artificial – que cruza o deserto azul do céu, num evento que produz provisoriamente um certo deleite estético, contemplativo, que perdura até o pouso. Ou queda, para retomar uma a imagem central em quase todos os poemas deste Deserto Azul.

A obra dialoga muito com a ideia de finitude, com a presença da morte e da queda, que são vistas não como perda, isto é, como elementos fundamentais para a experiência estética.

No prefácio do livro, o crítico e professor Gustavo Silveira Ribeiro reforça essa imagem em suspensão presente nos poemas de Veras: “Suspenso entre o céu e o mar, flutuando no interior cilíndrico de um avião entre duas imensidões vazias (e azuis), o poeta pensa e recua, preferindo, ante a possibilidade de entregar-se ao fluxo incontrolável dos acontecimentos (e também da linguagem), dar um passo atrás: respiro fundo antes da palavra”. Indo ao encontro dessa perspectiva, o texto de orelha, assinado pelo poeta Sérgio Alcides, complementa essa proposta de voo poético: “Viajamos embarcados neste livro de Eduardo Veras. Trata-se de voar, por uma espécie de engenharia espacial da poética. Como o poeta, mantemos o pé direito sempre tocando a terra, mas isso também quer dizer que o esquerdo às vezes está em suspenso. Na fuselagem dessa alegoria, o passageiro compreende logo a situação do poeta, o seu plano de voo, por assim dizer. É o enfrentamento dessa duplicidade constitutiva da linguagem verbal, pé no chão e pé no ar.”

O leitor, ao empreender o voo que a poesia de Eduardo Veras oferece, fará dessa leitura uma excelente e memorável viagem. Fica o convite para embarcar.

O livro terá dois lançamentos em Minas Gerais, estado do poeta: um, no próximo dia 28, em Belo Horizonte (das 15 às 18h, no Espaço Guaja – Av. Afonso Pena, 2881); e o outro, em Uberaba, dia 05 de maio (das 10h às 14h, na Livraria Lemos e Cruz – Av Maranhão, 1419).

 

 

Sobre o autor:

Eduardo Veras nasceu em Belo Horizonte, em junho de 1982. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Estudos Literários da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), localizada em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Pós-doutor em Teoria Literária pela UNICAMP e doutor em Literatura Comparada pela UFMG, tem se dedicado ao estudo da poesia moderna e contemporânea no Brasil e na França. Cursou estágios de pesquisa no “Centre de Recherche sur la Littérature Française du XIXe Siècle” da Sorbonne, em Paris. É autor de O Oratório poético de Alphonsus de Guimaraens: uma leitura do Setenário das Dores de Nossa Senhora (Relicário, 2016) e co-organizador de Por uma literatura pensante: ensaios de filosofia e literatura (Fino Traço, 2012).

 

 

SERVIÇO:

Título: Deserto azul  – poesia

Autor: Eduardo Veras

Especificações: 14×21, 64 p., 1ª edição – Editora Penalux, 2018.

Preço: R$ 34,00 | Link para compra:  http://editorapenalux.com.br/loja/deserto-azul

Amostra grátis:

https://editorapenalux.com.br/loja/image/catalog/PDF/Deserto%20Azul%20-%20Eduardo%20Veras.pdf

 

 

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