Por Germano Xavier
ALEMÃO
Coloquei para gravar no aparelho. Apertei o play como quem não quer nada. Fui vendo, fui vendo, fui vendo, fui vendo, fui vendo… o filme era o nacional ALEMÃO (2013), dirigido por José Eduardo Belmonte. Policiais infiltrados no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, passam um sufoco danado depois que documentos que versavam sobre suas respectivas investigações vazam e caem nas mãos de traficantes do local. É mais ou menos isso e tem muita coisa batida, já vista em filmes da mesma linha. Está bem longe de ser um filmaço, mas também não é de todo ruim. Gosto muito do Caio Blat na telona. Espiem aí e depois me digam o que vocês acharam, bucaneiros!
PETER PAN
Já conhecia o livro, não o filme. Só fui conseguir assistir agora nas férias, no Cine Vila Rica, em Ouro Preto-MG. Estou falando de PETER PAN (1953), animação da Disney dirigida por Hamilton Luske, Clyde Geronimi, Wilfred Jackson. Confesso que fiquei com bastante sono vendo a película acerca da história do garoto que não quer crescer. Talvez não fosse o momento mais apropriado para adentramentos à trama ou talvez eu tenha percebido ali que havia me contaminado, por demais, com a droga da adultice severa, que seca nossas porções de espanto mais profundas e sensíveis. Resumindo: um clássico do gênero com muitas cenas imperdíveis para um dia impróprio. Vale uma espiadela!
JOBS
JOBS (2013), filme dirigido por Joshua Michael Stern, narra um pouco dos primórdios da empresa APPLE e, também, de seu principal fundador: Steve Jobs. Para mim, foi relevante saber que este idolatrado homem das ciências computacionais fez parte da equipe de criação de jogos (que joguei!) dos saudosos consoles ATARI, ali no fim dos anos 70 e início dos anos 80. Chamou-me a atenção, também, a cena em que ele liga para Bill Gates, acusando-o de copiar descaradamente seu recém-criado software. Verdades ou mentiras, exageros ou não, o filme segue a linha biográfica e serve para elucidar um pouco dos mistérios que envolvem este gênio ultramoderno, idealizador de aparelhos que fazem parte do cotidiano de muita gente espalhada pelo mundo. Como produção/obra, muito fraco. Todavia, merece uma conferida. Sigamos, bucaneiros!
TATUAGEM
TATUAGEM (2013), filme dirigido por Hilton Lacerda, é mais um filme brasileiro que tem como pano de fundo o período da Ditadura Militar, abordando principalmente questões relacionadas à censura cultural. Um grupo de teatro, o Chão de Estrelas, torna-se alvo de agentes da repressão e, após alguns embates, vê-se na fronteira que limita a perseverança do fim. O filme se passa em Recife-PE e é composto de muitos elementos poéticos, que ao mesmo tempo remetem a um estado de rebeldia latente por parte das gentes envolvidas e, também, a uma ingenuidade de cores e gestos que imprimem uma vontade de fazer mudança a todo instante. Com o bom Irandhir Santos no elenco. Recomendo a todos os mortais!
O BEM AMADO
O BEM AMADO (2010), filme dirigido por Guel Arraes e baseado na obra homônima de Dias Gomes, é engraçado, faz caricatura do modus operandi do político populista nacional e, ainda por cima, traz um elenco “deverasmente” interessante, em se tratando de cinema brasileiro – apesar de toda a engrenagem Globo de ser. As peripécias do prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, que envolvem principalmente a construção do cemitério da cidade, chegam a ser hilárias. Se você procura entretenimento, é uma boa pedida. Sigamos, bucaneiros!
LAURA
O curta-metragem LAURA (2013), dirigido por Thiago Valente, narra a história de uma mulher no auge de seus 43 anos, que se vê desamparada e infeliz depois que uma série de infortúnios lhe acometem. Sem conseguir dar seguimento ao seu trabalho como atriz e tendo de aceitar o término de seu casamento, Laura se joga numa nuvem depressiva que a definha aos poucos. O curta foi bastante premiado. Vale a pena conferir.
A CAVERNA
Ô, filmezinho ruim este A CAVERNA (2004), dirigido por Bruce Hunt!
EU SOU A LENDA
Caos, humanidade por um fio e um roteiro por demais verossímil fazem de EU SOU A LENDA (2007), filme dirigido por Francis Lawrence, um exemplar cinematográfico digno de boas loas. Depois de um vírus ter dizimado boa parte da população da Terra, um homem tenta de todas as formas encontrar sobreviventes e, também, a solução para desfazer todo o desastre. No meio do percurso, luta diariamente consigo mesmo e contra mutações notívagas estranhíssimas. O final poderia ser mais bem acabado, mas está valendo. Não obstante, ainda fazem uma espécie de tributo ao Rei do Reggae, Bob Marley. Recomendo a todos os mortais!
PETER PAN – DE VOLTA À TERRA DO NUNCA
PETER PAN – DE VOLTA À TERRA DO NUNCA (2001), filme da Disney dirigido por Robin Budd, coloca o menino que não quer crescer de novo nas garras do Capitão Gancho. Na tentativa de atrair Pan, Gancho sequestra a filha de Wendy por acaso e a partir daí a confusão se instala. Jane, de 12 anos, que não acreditava mais em histórias fantásticas, termina por viver uma, o que a faz mudar de ideia. Dessa vez, os Meninos Perdidos ganham mais ênfase. Dá até vontade de ir morar para sempre na Terra do Nunca. Continuação de um clássico de 1953 que deve ser revisitado sempre que possível. Recomendo a todos os mortais. E que sejamos Meninos Perdidos durante toda a vida!
HOMENS E UMA SENTENÇA
Dirigido por Sidney Lumet, o clássico 12 HOMENS E UMA SENTENÇA (1957) marca seu território de sucesso ao revelar em detalhes a reviravolta fantástica que se deu num julgamento tido como de resultado óbvio. Doze homens decidem pela vida ou pela morte de um jovem porto-riquenho, acusado de ter matado o próprio pai. Apenas uma divergência torna-se motivo para toda uma perspectiva ser alterada e para que novos olhares sobre o crime e o criminoso sejam observados e resignificados. Um filme que é uma aula de argumentação. Rende muita discussão, ainda hoje. Recomendo a todos os mortais!