O Estado é como poema
Passa de mão em mão
Nem estado nem estaca
Podem sangrar o poeta
Reconhece a metáfora
na mensagem corrupta
Helion Heliom Helion
A descrença leva-o ao opium
A insanidade ao sanatorium
(descrição do sonho impaciente)
Uma enxurrada ocre
Arrasta pesadas tentativas
Caixotes de tomates, celulares
Fetos, dignidade, armadilhas
Arame enfarpando o toco de vida
Que insiste em boiar na lama
(Pororoca ocre arrasta o presente)
Ricola de Paula