vem do Sol um poema novo em velocidade astronômica a todo instante. mas ele ainda não chegou se Você não o lê. ele é como uma melodia suave que acaricia a sua pele deliciosamente. mas Você não a ouve porque ela é de se compartilhar. o sublime perfume envolve a morada do seu coração a todo o instante. acalenta-o em ondas concêntricas. mas Você não o sente se o seu rádio não está sintonizado na mesma estação. este poema, que está chegando, se Você o lê, não te deixa, porque ele nunca partiu. mas se o poema passa desapercebido, então ele é todo o vazio existencial. algo que Você desconhece mas pressente a falta de. vive ansiando por. na próxima esquina. talvez amanhã. depois de resolver aquilo. somente durante as refeições: uma pitada de sal que faltou no tempero. a brisa que não vem no dia quente. chuva minguada que não deixa a terra fértil. mas se o poema nasce em Você enquanto Você o lê, dentro de si Você o imagina, ele retorna para Você. é como algo sensível e não de todo compreensível. p.o:r.q:u.e: esse poema é Você. para Você se lembrar sempre que faltar uma colher de luz em sua vida. vem do Sol um poema novo em velocidade astronômica a todo instante.
Previous Post
Das nossas pequenas maldades