Discreto, discrepante
alinhava e voa em outro sonho
em desalinho.
Presente, enlaça o tempo
abraça o positivismo
sem ficar no negativo.
Não tem má vontade
não tem conchavo
açúcar branco
corrompe
a minha fé.
Existem
dois pólos na tomada
energia limpa
puros sentimentos.
Dual
o sabedô
Ria
não comunga na comuna
mas já pensou em morar em Brasília
mudei novamente de ideia
muito confete e água ruim na moringa
Transferi meus dados
pru banco dos cafundós
tráfego intenso virtual
desloco e voo sem asas
através do mundo paralelo
Comunhão apiária
desde o periodo cetáceo
descomunal o poder das abelhas
O coração bate
no peito seivatico
de cada árvore presente
Experimento
essências floradas.
O sabedô…Ria
Sentado na beira do banhado
com a melancolia
inerte na envolvente bruma
as mesmas valetas
entrecortando
várzeas, capineiras.
Encontro o túnel perdido
que me encaminha a igreja
de São Benedito, coloco no altar
a bandeira do divino.
Passando
todos os dias
no mercado
você conhece o movimento
começa a praguejar em turco
tremi a lancetada no fígado
do pastel amanhecido na China.
Aquartelados nos bueiros outros ratos
circulam afoitos por ar/canos, calhas.
A própolis
intensifica a defesa da sua cidade
sua igreja, seu corpo
Civil .. Cê..viu
Propolise-se a cura pede passagem
Não tem calota perdida no canteiro verde
da minha estrada.
Tem pontes de cascalho com óleo de baleia
cacos da história, Guaianases cerâmicas.
Aquedutos de poesia,taipa, falha magnética
paçoca de pilão, cultivo, um celeiro de prosa .
O sabedô …Ria
quando não chora
com outras vertentes
que beijam seu rio.
Ricola de Paula
2017