Cia Banquete Cultural anuncia os ganhadores do 1º Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro
“As Desventuras do Capitão Rabeca” ganha na categoria comédia, “Cardinal” e “Pandas ou Era uma Vez em Frankfurt”, empatam em drama
Durante todo o mês de agosto aconteceu o 1º Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro, mostra competitiva promovida pela Cia Banquete Cultural. O evento contou com 10 apresentações de teatro online em tempo real, sendo 5 dramas e 5 comédias. O diretor do evento, Jean Mendonça, conta que aconteceu algo inusitado no festival; um empate na pontuação final entre os espetáculos de drama, “Cardinal” foi o primeiro colocado pelo Júri Técnico e “Pandas ou Era uma Vez em Frankfurt” o escolhido pelo Júri Popular. Já a comédia “As Desventuras do Capitão Rabeca” conseguiu a primeira colocação tanto pelo Júri Técnico quanto pelo Júri Popular. Em virtude do inesperado, os três espetáculos serão premiados. “Embora três foram premiados, no fundo, todos somos vencedores por continuarmos mantendo a arte do encontro viva. Agradecemos imensamente a todos os participantes, selecionados e inscritos, aos integrantes do Júri Técnico e a toda equipe organizadora que faz parte da Cia Banquete Cultural”, ressalta Jean Mendonça.
Segundo o diretor, o festival foi uma catarse coletiva, do primeiro ao último espetáculo. Alguns espectadores ficaram tão entusiasmados que logo que acabava uma sessão, já se inscreviam para a próxima com outro artista ou coletivo da mostra competitiva. “A experiência de ver o acontecimento cênico se dando aos nossos olhos em tempo real, através de uma tela de celular ou um computador, foi mais uma confirmação de que essa forma de fazer teatro é mesmo possível e que a conexão da presença atoresXpúblico realmente é mantida, mesmo que de uma forma diferente da tradicional”, explana.
Os artistas participantes do 1º Festival de Teatro Online em Tempo real do Rio de Janeiro se reinventaram e tornaram a experiência de fazer teatro-web cada vez mais agradável. “Foi uma experiência de encher os olhos, aliviar o coração e colocar a mente em reflexão. Quanto empenho desses artistas de tantas partes do nosso Brasil. O teatro online em tempo real pode ser ao mesmo tempo diferente e surpreendente. Quanta arte fez-se viva no corpo daqueles artistas!”, conta Mendonça. Segundo ele, a História do nosso tempo está sendo reescrita. “Esse cenário pandêmico, como outros eventos catastróficos da humanidade, vem para rearranjar as estruturas, mostrar novos valores, novas visões, novos fazeres. Não podemos nos apegar apenas aos fatos ruins que são notícias verdadeiras e que tanto nos atormentam. Precisamos fazer alguma coisa, apesar disso tudo. Precisamos “re-existir”!”, finaliza.
Conheça os premiados.
Categoria Comédia
1º Colocado pelo Júri Técnico e Júri Popular
As Desventuras do Capitão Rabeca – foto da peça – (Campinas/SP)
Direção: Tiche Vianna
Atuação e Dramaturgia: Rodrigo Nasser
Música: Marcelo Onofri
Figurino: Bruna Recchia
Iluminação e Cenotécnica: Eduardo Albergaria
Fotografia: Gabriella Zanardi
Produção: Damião e Cia de Teatro
Sinopse: Em uma taverna, durante a Idade das Trevas, Capitão Rabeca conta em detalhes a história de sua infância e maturidade, de como floresceu em seu espírito a admiração pelas artes e pela beleza, e como foi reprimido por seu rigoroso pai para ser moldado a ferro e fogo para a prática da guerra.
Categoria Drama
1º Colocado pelo Júri Técnico
Cardinal – foto do espetáculo – (Crato/CE)
Direção e Iluminação: Jamal Corleone
Atuação e Dramaturgia: Bárbara L Matias
Cenotécnica e Operação de Som: Francisco Francieudes
Produção: Equipe Cardinal.
Sinopse: Karyry- Dos povos Karyrys do sertão cearense, entendemos que a ancestralidade feminina indígena está posta nos corpos que compõem esta obra. O texto, escrito pela atriz/performer/dramaturga Bárbara Leite, tenta entender como pensar a relação entre o índice de feminicídio no Estado do Ceará, e pensar sua existência quanto mulher cidadã. Como uma obra artística fictícia pode ser totalmente influenciada pela realidade da intérprete. Cardinal está dentro de uma produção cênica que transita pela hibridação das linguagens do teatro, performance e cinema, assim o espetáculo traz e faz um recorte do que está sendo exercitado e pensado na criação cênica contemporânea em suas dimensões expansivas. Enquanto poética o espetáculo suscita que o espectador, através dos sentidos sensoriais tenha a oportunidade de vivenciar uma criação/espetáculo que o desperte a pensar possibilidades outras de entrecruzar linguagens.
1º Colocado pelo Júri Popular
Pandas ou Era uma Vez em Frankfurt – link da foto – (São Paulo/SP)
Dramaturgia: Matei Visniec
Direção e Dramaturgismo: Bruno Kott
Elenco: Nicole Cordery e Mauro Schames
Trilha sonora: Bruno Kott
Produção: Nicole Cordery, Mauro Schames e Bruno Kott.
Sinopse: Um casal de desconhecidos acorda na mesma casa. Trazem apenas fragmentos da noite anterior. Eles precisam um do outro para montar esse grande quebra cabeça de sentimentos e memórias. Adaptação do texto teatral, “A História dos ursos pandas (contada por um saxofonista que tem uma namorada em Frankfurt)”, do dramaturgo romeno, Matei Visniec.”
Sobre os vencedores:
“Pandas ou Era uma Vez em Frankfurt” é a prova cabal de que o teatro-web veio mesmo para ficar e evoluir para camadas cada vez mais profundas. Com um texto ágil, forte e provocativo, os dois atores e o diretor dominam o jogo cênico através da web e nos conduzem a uma verdade cênica poucas vezes experimentada”, ressalta o diretor do Festival, Jean Mendonça
“Um show de espontaneidade e precisão na comédia “As desventuras do Capitão Rabeca”. A história daquele menino da época medieval, dominado por um pai autoritário e tendo que se adequar às regras sociais impostas pelo seu tempo trouxe à tona nossa realidade presente assim como a perspicácia de não desistir dos nossos sonhos”, comenta o diretor, Jean Mendonça.
“O teatro se fez presente em conjunto com o cinema documentário. “Cardinal” é um convite a adentrar no universo feminino em pleno sertão cearense. Uma mulher desdobrável em tantas que já habitaram o lugar, o sanatório, aquela casa e vizinhança. Aproximação e distanciamento na ótica de uma câmera que penetrava fundo no íntimo de uma mulher”, explana Mendonça.
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Daniela Sevilha – jornalista responsável
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