AFINAL, QUEM NÃO GOSTA DE HISTÓRIAS?
Acontece em São José dos Campos o projeto “A história de Eon e a Pedra”, viabilizado através do Fundo Municipal de Cultura, Edital 19 de Publicação Literária de 2020, Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Prefeitura Municipal de São José dos Campos, e trata da publicação do livro infantil ilustrado “Eon e a Pedra”, de autoria dos artistas educadores Julie Centeno e Igor Koermandy. A história conta sobre um aprendiz de magia que ao tentar aprender como manifestar os seus desejos pela força do pensamento, acaba recebendo a ajuda de uma pedra que encontra em seu caminho. O projeto prevê: distribuição de parte exemplares do livro, após seu lançamento, às escolas públicas interessadas; contação de histórias online especialmente direcionada aos alunos de pré-escola e anos iniciais, Ação formativa para educadores com compartilhamentos e bate papo sobre educação sistêmica, arquétipos e desenvolvimento sustentável.
No próximo dia 2 de abril, sexta-feira, às 16h, através do Google meet, haverá a Oficina Inclusiva de Contação de Histórias, com Adriana Soares e Ana Clara Soares. Mãe e filha parceiras de trabalho, Adriana é autora dos livros “Pedro e a Casa Azul”, e “É Especial Ser Diferente – Autismo”, pós graduada em arteterapia e neuropsicopedagogia, atuou em diversos projetos no Estado, ministrou diversas oficinas no SESC, na FCCR, enquanto Ana Clara é estudante de música e atriz, atuou como monitora no projeto de musicalização no Grupo GAIA (Grupo de Apoio ao Indivíduo Autista) e oficineira em escolas pública, além de participar de mais projetos artísticos do que cabe nos dedos. Esta oficina também contará com a participação de Cris Souza, Pedagoga, Psicopedagoga com aperfeiçoamento nas áreas de Escolarização da Criança Autista e Psicótica; Arte Educadora no Projeto Juntos, FCCR; Contadora de histórias que abrangem a diversidade humana. Integrante do projeto Escola Inclusiva e realizando atendimento particular para pessoas com necessidades educativas especiais(Síndrome de Down, Disléxicos, Autistas).
Através de brincadeiras, músicas e histórias a oficina fará com que as crianças experimentem as possibilidades que existem dentro de si, bem como a sua expressão, comunicação e a criação no contato com o outro. É uma oficina participativa, que busca incluir qualquer indivíduo, de qualquer condição física ou intelectual, idade, tamanho, cor, nacionalidade. Para mais informações acesse nossa página no facebook.com/grupoarteia. Quem gostou deve confirmar a participação da criança ou da turma no número 12 996551363 para receber o link de acesso.
Sinopse da obra
Eon era um aprendiz de magia que desejava grandes coisas e sonhava alto. Queria tanto, queria tanto que parou de prestar atenção no caminho. O que ele não podia nem imaginar é que o encontro com uma pedra grande e velha causaria para ele uma enorme transformação.
A quem se destina
Crianças de 4 a 10 anos
Conceito do Projeto
Eon, um bruxo perdido, na sua pressa de conseguir tudo que queria acabou tropeçando numa pedra e se dando conta do que ele estava sentindo. Somos nós em nossas vidas atarefadas. Já Ametista intuitiva e tranquila, se trata da nossa intuição, do poder da voz interior contida. Assim sendo, a história fala sobre um encontro conosco. Eon mostra as faces de um eu repleto de desejos e ambições, querendo realizar seus anseios, não se dando conta, no entanto, do que está fazendo e sentindo para conseguir alcançar seus objetivos.
A pedra representa suas próprias barreiras psicológicas, a rigidez e pressa, que, ao mesmo tempo em que restringe, depois que encarada traz tantos aprendizados que impulsionam o desenvolvimento. As pedras, como representantes do reino mineral, compõem estruturas que demoram milhares de anos para se formar e se transformar, por isso também representam a serenidade, estabilidade, firmeza e paciência. Além disso, nos símbolos da alquimia, o ítem que é capaz de transformar chumbo em ouro e verter o elixir da imortalidade é nada mais nada menos que a pedra filosofal. Transformar chumbo em ouro significa transmutar os sentimentos aflitivos, transformando-os em paz, tranquilidade, confiança; enquanto que beber do elixir da imortalidade representa o reconhecimento do giro incessante da roda da Vida, onde a morte é nada mais que uma aparência ilusória, fruto de estados passageiros, ou seja, da transitoriedade da vida.
Ao reconhecermos que tudo é transitório, resiliamo-nos na firmeza das pedras que sabem que a mudança é certa, apesar de lenta.
Quem Somos
Arteia, um dos mais novos Grupos artísticos de São José dos Campos, surge com o objetivo de descentralização da cultura. Iniciado em 2017, é um grupo independente de pesquisa e criação artísticas, voltado principalmente às linguagens de Teatro, Poesia e Música. Contando com educadores e artistas de múltiplas linguagens. Desde sua união foram realizadas diversas ações, dentre apresentações de teatro, trabalhos de música autoral, oficinas de teatro, de expressão corporal e de literatura, saraus e rodas de conversa em espaços de educação e cultura. Além disso, vem surgindo em São Francisco Xavier o Portal Arteia, embrião de um espaço cultural alternativo para ser estreado após a pandemia.
Em qualquer ambiente comunitário a presença de iniciativas artístico-culturais é inegavelmente significativa, por apresentar ao público concepções inexploradas, contribuindo para o seu desenvolvimento cognitivo e socioemocional, e por alcançar o público que não sai de sua região. Por esta razão o Grupo Arteia defende o incentivo à arte e democratização de seu acesso, através de suas ações. Buscam promover a reflexão sobre aspectos da vida social e comportamento individual, lutar pelo respeito à diversidade, ao diálogo e por uma arte que faça pensar e sentir os meios para uma sociedade mais justa e inclusiva.
Sobre os autores
ALQUIMISTOS, da esquerda para direita: Julie Centeno, como Ametista e Mel Mandi, como Eon. FOTO: Paulo Amaral.
Julie Centeno | Autora |, é atriz, arte-educadora, poeta, graduada em Pedagogia pela ETEP. É professora na Rede Municipal de Educação, pesquisadora de técnicas corporais poéticas expressivas. Ministra oficinas em espaços públicos e independentes, onde explora as multilinguagens teatrais.
Mel Mandi | Autore |(Igor Koermandy Pereira), é pessoa poeta, professore de Português, músique e atore. Se encantou com a escrita poética desde os seus dezoito anos, ao iniciar Letras na USP e hoje faz seus projetos culturais com o Grupo Arteia e outros parceiros do Vale do Paraíba.
George Furlan
Jornalista: 0083121/SP