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“Oxalá, bailarino” se inspira na primeira divindade africana a dançar na Terra   

“Oxalá, bailarino” se inspira na primeira divindade africana a dançar na Terra  
Solo de dança foi criado por Djalma Moura, diretor e bailarino do Núcleo Ajeum, que desenvolve espetáculos a partir da encruzilhada entre as estéticas afro diaspóricas, corpo em transe e relatos autobiográficos.
Oxalá, bailarino - Foto Erico Santos (10).JPG

Com estreia nesta quinta-feira, 22 de abril, as 19h, o diretor e bailarino do Núcleo Ajeum apresenta “Oxalá, bailarino”, espetáculo inspirado na divindade africana. O espetáculo será apresentado no projeto “Em Casa com o Sesc” no SescAoVivo no Instagram e no canal do Sesc SP no Youtube.

A dança “Oxalá, bailarino” traz na construção de sua gestualidade o exercício da paciência, da calma e da criatividade enquanto proposição para uma solidariedade dos sentidos, que reelabora modos de ser e estar em situações de conflito mental, físico e espiritual.

O movimento para gerar a paciência reverbera na musicalidade que por consequência pode gerar calma ou conflito. Ambos sentidos dotados de bruta criatividade e flexibilidade. Oxalá, a primeira divindade a dançar na terra. O mais velho e de grande sabedoria. O que pode o bailarino alado dançar para equilibrar os sentidos?

O processo deste solo do Núcleo Ajeum dançado por Djalma Moura surge em meio as muitas tentativas de se manter consciente sobre a realidade do mundo em que vivemos dialogando com a busca de equilíbrio entre calma e conflito. O corpo em estado de isolamento social afeta diretamente os pensamos e modos de operar da rotina que se torna uma das pontes para a manutenção da sanidade.

Na busca deste equilíbrio e manutenção o Núcleo Ajeum se aproxima da primeira divindade a dançar na terra, Oxalá. Entre suas simbologias, arquétipos e imaginários, “Oxalá, bailarino” é a insistência do corpo na verticalização dos sentidos em que regula os corpos sutis. É a própria energia cíclica que investe na tríade calma, conflito e paciência enquanto manutenção de vida e vitalidade.

Essa tríade é o ponto de encontro para a detonação de criatividade bruta e moldável. Para se ter paciência é necessário calma, mas para a calma e paciência existir o conflito é necessário.

Oxalá, bailarino – Foto Erico Santos

Sobre o Núcleo:
O Núcleo Ajeum, sob direção de Djalma Moura, é um coletivo de dança contemporânea, sediado na zona sul de São Paulo, entre Jardim São Luís e Capão Redondo, pesquisa as complexidades do corpo negro e suas cosmovisões de mundo, investigando o universo pluridimensional dos terreiros, as liturgias africanas e afro-brasileiras, tendo seus últimos trabalhos mergulhados pelas percepções dos orixás conectadas com os relatos autobiográficos das integrantes do núcleo.

Neste processo tem se interessado nas transformações corporais e emocionais que estes espaços de celebração e resistência negra dão as incorporações, aos transes e ao corpo que se manifesta no coletivo. As obras coreográficas do grupo têm sido criadas a partir da conexão entre fisicalidade e emoção onde o corpo das danças negras dos terreiros, são ressignificados em suas múltiplas possibilidades de descoberta pela dança contemporânea.

Oxalá, bailarino – Foto Erico Santos

Ficha Técnica:
Concepção e Dança: Djalma Moura
Colaboração Artística: Núcleo Ajeum
Trilha Sonora: Dani Lova

Espetáculo “Oxalá, bailarino”
Quando: dia 22 de abril, ás 19h
Onde: No canal SescAoVivo no Instagram (https://www.instagram.com/sescaovivo/) e e no canal do Sesc SP no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCESs365L1Ccnq4q3J5yZ7nQ)
Quanto: gratuito
Mais informações: nucleoajeum.com

Marcelo Pria
Rhizome Comunicações
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