A bucha cresce pendurada no espaço, segura pelos braços finos das amoreiras sem fruto.
O cipó é cabeludo
A cabaça é careca
O escaravelho é chifrudo
Pastor é alemão
Forte é comari, malagueta, caiena
Garimpo na serra própolis, mel, Mantiqueira mina de água pura, dá de beber aos rios, ribeiros, córguinhos. Sob seus pés habitam fiéis predadores – o choupin, o tucano, o homem ignaro sapiens – suja o rio, come cimento. Contudo, a luz do orvalho rola nas águas, cristal liquido, do céu, sangue, metal. A alma da serra se mescla com a minha, cerzidade outras cores, a natureza consegue ungir a vida em seu momento de misericórdia.
Se bem que é cobra comendo cobra, inseto comendo inseto urubu querendo carniça.
Foi que fulano saiu do mato, e foi ao cartório local tirar a certidão de nascimento. O funcionário perguntou: Qual o seu nome? Ele respondeu não sei. O funcionário perguntou onde você nasceu? Ele respondeu não sei. E assim ficou escrito na certidão – Fulano Saci – local de nascimento: taquara 7.
A grota é grotesca
barbante é capim
Quem gosta de grilo é passarim.
Ricola de Paula
Uau!!! tantos textos, adorei ler este…
Que bom os registros , estava bem nesse dia, heheh…